Realização da Prefeitura de Rio Branco e do Governo do Estado em parceira com várias instituições, a 5ª Feira do Peixe e Agricultura Familiar, que vai até o próximo dia 18 de abril, é sucesso absoluto de vendas e de público. A feira é realizada em várias localidades, mas na Central de Abastecimento de Rio Branco (CEASA), núcleo principal do evento, foram vendidas mais de 30 toneladas de pescado e 130 toneladas de produtos hortifrugranjeiros.
Mini-feiras estão ocorrendo nas comunidades do Quixadá, Panorama, Mercado Elias Mansour, Bosque e entre os peixeiros da Avenida Amadeo Barbosa e Mercado da Seis de Agosto. Coordenador da CEASA, Paulo Sergio Braña calcula que cerca de 45 mil pessoas já passaram pela feira. “Com a cheia do Madeira e a dificuldade que os supermercados estão tendo quanto ao abastecimento, as pessoas estão procurando a feira, onde encontram mercadorias, frutas, verduras, peixe”, disse Braña.
As feiras do peixe tem um histórico de sucesso de venda e de público. Para 2014 a meta é vender 620 toneladas de pescado e hortifrútis, além de alcançar público de 110 mil pessoas e movimentar R$1,5 milhão. Para efeito de comparação, em 2011 a feira faturou R$790 mil. Esse valor saltou para R$1.056 milhão em 2012, e para R$1.563 milhão em 2013 com a comercialização de pescado e produtos hortifrutigranjeiros. Braña projeta que ao menos 100 agricultores familiares, 40 piscicultores, 10 empreendedores de economia solidária e 40 tratadores possam estar participando desta edição da feira.
A programação foi toda definida entre a coordenação da CEASA, Secretaria de Agricultura e Agricultura (SAFRA) e representantes de grupos de piscicultura e da produção familiar, como o Terceiro Pólo, de Senador Guiomard, Associação Florescer de Flores e Plantas Ornamentais, Custódio Freire, Montanhês e Caquetá. Braña avalia que todos os seguimentos parceiros estão obtendo resultado positivo com esta feira. “Tenho informação que o setor de plantas está vendendo muito bem”, informou o coordenador da CEASA.
A cheia do Madeira reafirmou a CEASA como entreposto essencial para o abastecimento de boa parte do Acre. A chegada de carretas carregadas vindas do Peru com alimentos coincide com a Feira do Peixe e mostra que a ação do governador Tião Viana em lutar pelo fim das barreiras alfandegárias deu certo e deve tornar-se prática entre os atacadistas baseados na CEASA. A BR 364 está com o trânsito complicado e os empresários querem continuar comprando produtos peruanos. Os centros de produção do país vizinho estão mais perto que os do Brasil, o que pode reduzir o preço do frete e o custo dos alimentos.