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O caçador de problemas

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Tem horas que a vida de analista político não é fácil. A gente vê as coisas e tem que falar conforme a lógica dos acontecimentos. Por exemplo, no começo da semana passada o governador Tião Viana (PT) decretou estado de calamidade público no Acre. Uma medida forte que chamou a atenção do resto do Brasil para o “sofrimento” da população devido a cheia do Rio Madeira que isolou o Estado criando um problema real de abastecimento. Na mesma semana o Governo decidiu remover os haitianos de Brasiléia e trazê-los para Rio Branco. Quer dizer num momento que está difícil para “alimentar” os moradores daqui é decidido aumentar mais um pouco o problema com a chegada de centenas de haitianos na cidade a serem alimentados pelo poder público. Uma atitude humanitária, sem dúvidas, mas que poderá aumentar ainda mais a crise social da Capital.  


Falta de argumento
No lançamento do deputado federal Henrique Afonso (PV), mais uma vez, como candidato a vice da chapa de Bocalom (DEM) o alvo foi a imprensa. Segundo relatos de colegas que cobriram o evento, nesta segunda 14, o pessoal do PV descascou em cima de quem faz críticas ao partido.


Democracia em risco
O político que não aceita crítica deveria mudar de “profissão”. Quem entra para a vida pública deve estar preparado aos elogios e também às críticas. Querer controlar o que se escreve em tempos de rede social é coisa de ditador seja de direita ou de esquerda.

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Fogo “amigo”
Os aliados de Bocalom (DEM) acusam o pré-candidato ao governo Márcio Bittar (PSDB) de ter ligações políticas com o senador Jorge Viana (PT). Uma besteira sem tamanho de quem não consegue conviver com as diferenças.


Fogo “amigo” 2 – A missão
Por outro lado, alguns aliados de Bittar (PDB) acusam a tropa de Bocalom (DEM) de estar fazendo o jogo da FPA. Outra sandice. Quem comemora esse desgaste “inútil” e “estéril” dentro da oposição é o candidato à reeleição Tião Viana (PT).


Falta diálogo
Os dois grupos de oposição deveriam manter o canal diplomático aberto. Tudo indica uma eleição em dois turnos e quem chegar lá para enfrentar a FPA vai precisar do outro grupo. Se na campanha o desgaste for grande não haverá união no segundo turno.


A terra prometida
Um amigo me confidenciou que o apresentador de TV Alan Rick (PRB) tem chances reais de se eleger deputado federal. Segundo a fonte, o Alan terá apoio de pastores importantes de algumas denominações evangélicas da Capital.


Pouca fidelidade
Ainda acho que por mais influente que sejam os pastores o rebanho acaba votando em quem quiser. Não acredito na unidade do voto evangélico. Se fosse assim, a bancada acreana teria vários representantes das igrejas protestantes.


O destino
Em 2010, a morte durante a campanha do presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Jessé Santiago (PSB), favoreceu a reeleição de Henrique Afonso (PV). Jessé, que era evangélico, tinha tudo para eleger-se deputado federal quando sofreu o trágico acidente.


Completando a cuia
Mas a realidade é que grande parte do eleitorado de Henrique Afonso (PV) não era evangélico, em 2010. Henrique tinha muito votos em setores “progressistas” da sociedade. Atualmente tenho minhas dúvidas se ainda os têm.


Uma hora a ficha cai
Custo a crer que universitários e livres pensadores apoiam a “união” entre Henrique Afonso (PV) e Bocalom (DEM). Não sei nem como um partido que tem bandeiras de luta como o casamento gay, a descriminalização da maconha e a legalização do aborto pode aprovar tal aliança.


Água e óleo
Bocalom (DEM) sempre defendeu posicionamentos contraditórios ao ideário verde. Homens mais importantes que macacos, agronegócios e outras coisas do gênero. Será que o guru dos verdes, Fernando Gabeira (PV), virá ao Acre defender o programa de Bocalom (DEM)? Se vier vai ter uma “sincope”.  


Ideologia…
Quem olha as coligações para as eleições do Acre tem a certeza que o elemento ideológico foi abandonado. Partidos teoricamente de esquerda se ligando a outros de extrema direita tanto na oposição quanto na FPA. Uma salada.


…eu quero uma pra viver
A realidade é que existem atualmente só duas posições políticas no Estado. Aqueles que apoiam o atual Governo e os “contra”. Isso envolve mais interesses pessoais de estabilidade econômica do que a defesa verdadeira da população.


Situação grave
Conversei nesses dias com dois parlamentares importantes do Acre. Tanto o senador Jorge Viana (PT) quanto o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) estão preocupados com a situação das prefeituras. Apesar de atuarem em campos políticos opostos, os dois ex-governadores, temem por crises de gestões em alguns municípios acreanos.

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A volta do municipalismo
O ex-presidente Lula (PT) costumava dizer que as pessoas vivem nos municípios antes de qualquer coisa. É verdade. Se a saúde básica, a manutenção de ruas, a limpeza e a assistência social não funcionarem os estados e União ficarão sobrecarregados. Os municípios deveriam receber mais apoio.


O pomo da discórdia
O quadro para a disputa majoritária no Acre está “quase” completo. Só falta a definição de quem será vice de Márcio Bittar (PSDB). Mas o perigo político tanto para a FPA quanto oposição está na formação das chapas proporcionais para deputado estadual e federal. É nessa hora que porca torce o rabo. Contentar gregos e troianos não é uma tarefa fácil. Qualquer candidato, por mais “nanico e sem expressão” que seja, começa a sua jornada política considerando-se eleito. A vaidade é o combustível principal da política e convencer alguém que “se acha eleito” de abrir mão de uma candidatura não é fácil. Além disso, os chapões não comportam tantas candidaturas “proeminentes”. É na hora da peneira que as mágoas e rancores aflorarão. É só esperar para ver…  


 


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