Em artigo divulgado pelo jornalista Antônio Stélio, na manhã desta sexta-feira (11), ele acusa o pré-candidato ao governo do Acre, deputado federal, Márcio Bittar (PSDB), de fraude, na negociação da venda de uma casa que seria financiada pela Caixa Econômica Federal e negociação de propina para liberação emendas parlamentares para prefeituras do Acre.
Segundo Antônio Stélio, o pré-candidato seria “um sujeito sem escrúpulos que, nos últimos anos, vem ficando rico cometendo as práticas mais nefastas, e chegando mesmo às fraudes, prática que lhe é peculiar”. Eu mesmo fui uma das vítimas desse sujeito. Márcio Bittar me vendeu uma casa com dívida”.
Para o jornalista, o suposto ato de fraude de Bittar “caracteriza o estelionato”. Antônio Stélio acusa o líder tucano de ter agido de forma premeditada, já que sabia que a casa teria dívida e mesmo assim a teria negociado. “Ele agiu de modo sorrateiro, de caso pensado e sabendo que estava sendo desonesto”.
No artigo, o jornalista não mede palavras para acusar Bittar. “Coisa de golpista e político salafrário. Márcio Bitar estava ciente que estava me dando um golpe para se apossar do dinheiro e ainda continuar sendo o dono do imóvel, que me vendia na ocasião, já que o mesmo não podia ser objeto de venda. E passados os anos, ele ainda é o dono legal da casa”.
Antônio Stélio afirma que pagou o valor do imóvel a Mácio Bittar. “Mas gente como Márcio Bitar acha que ser desonesto é “esperteza”. Ele recebeu o valor total da casa, ao preço de mercado. Na negociação, Bitar se utilizou de outro pilantra que lhe assessora, aquele Bezerrinha, outro picareta”.
De acordo com o acusador, o líder tucano teria fugido da responsabilidade de quitar as prestações da casa. “Ele ainda tem a cara de pau de dizer que a dívida não é dele, embora – pasmem – a dívida existente na CEF está em seu nome. Senão é dele deve ser de Deus. Mas, pelo que me consta, Deus não é caloteiro”.
O jornalista denuncia ainda suposta negociação de Bittar para liberar emendas parlamentares. “Até mesmo suas emendas parlamentares são frutos de negociação particular, onde ele é suspeito de receber parte da verba, quando o dinheiro é liberado. Alguns prefeitos sabem do que estou falando”.
Márcio Bittar diz que a Justiça vai esclarecer todas as denúncias
<<< Procurado pela reportagem, o pré-candidato ao governo do Acre, Márcio Bittar disse que não agiu de má fé com Antônio Stélio. “A questão é simples, ele alega que as parcelas da casa seriam de minha obrigação, mas tenho um contrato assinado por ele, onde está especificado que o imóvel tinha parcelas que deveriam ser pagas por ele. O negócio foi feito com as duas partes cientes de suas responsabilidades”, enfatiza.
Márcio Bittar informa que vai ajuizar uma ação e vai apresentar o contrato assinado pelo jornalista no ato da compra. “Ninguém vai achar que pelo fato de eu ser pré-candidato, vai bater o pé e me chantagear. Antônio Stélio estava ciente que ele deveria prosseguir pagando as parcelas a partir do momento que se apossou do imóvel. Ele até pagou algumas destas parcelas, mas deixou de pagar as demais. Não vou deixar ninguém sujar minha imagem pública com acusações levianas. Não tenho medo da Justiça, que é quem vai decidir está questão. Não vou politizar este debate, vou provar minha inocência na Justiça”, diz Bittar.
Segundo Márcio Bittar, pelo fato de ele se apresentar como pré-candidato ao governo do Acre, muitas pessoas estariam tentando desmoraliza-lo perante a sociedade. “Por que Antônio Stélio não assumiu suas obrigações e agora tenta atribuir sua falta de compromisso a mim? A partir do momento que vendi a casa, ele deveria se responsabilizar pelas parcelas, mas ele prefere culpar alguém por um ato que é fruto de sua irresponsabilidade. Volto a repetir, não é porque sou pré-candidato que vou ceder a chantagem”.
O pré-candidato falou ainda das acusações de cobrança de propina para liberação de emendas. “Este fato é ainda mais grave que esta acusação leviana sobre a casa. Antônio Stélio vai responder judicialmente por mais esta acusação que eu teria negociado emendas com prefeitos. Ele vai ter que apresentar as provas desta negociação. O debate vai ser na Justiça. Ele quer politizar, mas não vou entrar neste jogo”, finaliza Márcio Bittar.
