O Parque Marechal Castelo Branco, onde é realizada a maior Feira Agropecuária do Acre, servirá de abrigo para os haitianos até maio, segundo informou o gestor da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Social (Seds), Antônio Torres, à Agência de Notícias do Acre.
Segundo ele, o abrigo não impedirá a realização da Expoacre que acontece todos os anos no mês de julho. Antônio Torres garantiu que a “hospedagem” dos haitianos não implicará a logística da feira.
“Vamos definir um novo espaço para abrigá-los, e a programação da Expoacre segue normal”, antecipa o secretário.
Após o fechamento da BR-364 devido à cheia do Rio Madeira, a situação de Brasileia ficou insustentável para abrigar os haitianos. Por quase um mês cerca de 2,5 mil estavam abrigados em uma quadra no município.
Os imigrantes chegaram a totalizar 10% da população local – que tem pouco mais de 20 mil habitantes – e já causavam alguns transtornos ao movimento da cidade, como tumulto nos bancos e filas nos postos de saúde.
O governo do Acre, por meio da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e da Seds, vai implantar no parque de Rio Branco um abrigo provisório para receber os haitianos, desativando o espaço utilizado até então em Brasileia.
“Os moradores já se sentiam incomodados e preocupados com o grande contingente humano acolhido, uma vez que a aglomeração no abrigo criava um ambiente de tensão e problemas de segurança no município”, relatou Nilson Mourão, titular da Sejudh.
A estrutura do abrigo em Rio Branco irá contar com atendimento do Ministério do Trabalho e da Polícia Federal para regularizar a documentação dos imigrantes, além de atendimento em saúde e policiamento, para garantir a segurança no local.
De acordo com Antônio Torres, parque deve comportar no máximo 200 haitianos.