Como forma de conquistar status os próprios envolvidos
comentam o vídeo pelo facebook e marcam novo combate,
prometendo mais violência.
Cenas de alunos brigando entre si, agredindo professores ou sendo atacados por profissionais que deveriam ensiná-los são cada vez mais comuns nas redes sociais e em noticiários da TV. No Acre, mais um vídeo mostra que o aumento da criminalidade está se refletindo cada vez dentro das escolas.
O caso aconteceu ontem (9) à tarde, na escola Kairala José Kairala, no município de Brasileia, fronteira com a Bolívia, a 230 km de Rio Branco. Uma confusão generalizada, postada pelo aluno Valdecleide Azevedo, está sendo disseminada pelos próprios alunos.
Com 22 compartilhamentos, Valdecleide fala em facção criminosa, “ser mosca é assim”, comenta. Outro colega, Cleicione Azevedo, se refere à briga como um fait (quis dizer fight), ou luta, em Inglês. Edekaulle Araújo, outro aluno que parece não ter se envolvido nesta confusão, marcou pelo facebook um próximo combate, prometendo mais violência.
A reportagem não conseguiu falar com a direção da escola, mas teve acesso a uma recente pesquisa feito pelo Instituto Data Popular. Os dados comprovam o que os educadores já sabem: a fronteira entre a escola e a violência das ruas deixou de existir. Vandalismo, agressões, confronto entre gangues, roubos e tráfico passaram a fazer parte da rotina escolar.
A pesquisa afirma ainda, que a situação é pior nos bairros da periferia onde 63% dos profissionais da educação consideram a escola um espaço violento. Para especialistas, os próprios jovens comentam os vídeos como forma de conquistar status junto aos colegas.
As imagens não deixam dúvidas:
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