Nem a poderosa rede holandesa Makro de supermercados escapa da crise do desabastecimento que o Acre enfrenta por causa da cheia do rio Madeira. Na loja instalada em Rio Branco, falta feijão, arroz, açúcar, óleo de cozinha, leite e a seção de hortifruti está totalmente vazia.
“Fiquei espantado com o que vi. Não tem nada aqui. Falta tudo de primeira necessidade”, disse o produtor rural Antonio Pádua Vasconcelos.
Já no Atacadão, outra grande rede, que fica localizada ao lado do Makro, foi estabelecido o critério de compra de até três unidades por clientes. A medida tem por objetivo conter o esvaziamento das prateleiras, assim como fez a rede Araújo que estabeleceu limite de compras de até cinco unidades e suspendeu a venda no atacado.
A crise do desabastecimento no Acre deve durar meses. O rio Madeira apresentou uma leve sinal de vazante nos últimos dias, porém a BR-364, que liga o Acre ao resto do país continua com um trecho de quase 40 quilômetros inundado dificultando a passagem de caminhões com gêneros de primeira necessidade.
O racionamento vivido no estado levou o governador Sebastião Viana a decretar estado de calamidade pública nesta semana, o que mostra que nem mesmo o mais otimista membro do governo acredita que a crise acabe tão cedo.