Após determinação do Governo do Estado para que houvesse a interdição total dos abrigos improvisados na fronteira do Acre, os imigrantes começaram na noite de ontem, 08, a se deslocar para Rio Branco, onde ficarão abrigados no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco.
A informação sobre a mudança dos espaços foi dada na última terça-feira, pelo do secretario de Direitos Humanos, Nilson Mourão, durante conversa com os imigrantes.
A decisão se dá porque os estrangeiros começarão, nos próximos dias, a seguir iagem ao Sul e Sudeste do País, onde ocuparão postos de trabalho. Diversas empresas já se prontificaram em oportunizar vagas aos homens e mulheres que chegam ao Brasilva pela tríplice fronteira do Acre.
A decisão do governo segue orientação do deputado estadual Denílson Segóvia (PEN/AC), que solicitou ao Executivo, no mês de fevereiro, a construção de um novo abrigo para os imigrantes. De acordo com o parlamentar, na última semana, o número de abrigados já chegava a 2.600. Ainda de acordo com Denílson, “o abrigo dos haitianos é a estrutura mais desorganizada que se tem notícia no Acre”, afirmou.
Nilson Mourão disse que o governo só tem a agradecer pela ‘hospitalidade’ por parte de Brasiléia e Epitaciolândia. Entendeu que já está na hora de retirar os imigrantes da fronteira do Acre, sendo levados para o estado de São Paulo e os que faltam resolver sua documentação, irão para o Parque de Exposição Castelo Branco, na capital.
Na última semana, o prefeito de Epitaciolândia, André Hassem, retirou os imigrantes da cidade, maioria senegaleses, e os encaminhou para a cidade vizinha, Brasiléia, onde estão mais de mil haitianos. A retirada contou com um grande contingente da Vigilância Sanitária, Polícia Militar, Civil e Ministério Público.
Em um pequeno prédio, estavam cerca de 200 senegaleses que estavam em condições miseráveis e dividiam apenas banheiro. A retirada ocorreu após denúncia de alguns deles estarem com doenças contagiosas como tuberculose e coqueluche.