Nesta terça-feira, em Brasília, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) voltou a pedir ao ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, que o governo federal implemente o adicional de fronteira na capital Rio Branco, votado recentemente pelo Congresso Nacional. A decisão garante o pagamento adicional de R$ 91, por dia, para policiais e fiscais que atuam em faixas de fronteira. A proposta está na Casa Civil em fase de regulamentação e o governo pretende excluir as capitais brasileiras.
Para a deputada Perpétua Almeida, “excluir Rio Branco do adicional de fronteira é dificultar a transferência de servidores de outros Estados. O Acre é praticamente um Estado de fronteira, fazer essa distinção é prejudicar nossos municípios”.
A situação de calamidade vivida nos dois últimos meses pelo Acre diante da interdição da BR-364, única via de acesso terrestre do Estado com o resto do Brasil, evidência a falta de servidores federais nas regiões fronteiriças. Ontem, caminhoneiros trazendo combustível e alimentos do Peru sofreram com a burocracia e a falta de pessoal na fronteira para liberação das mercadorias.
Perpétua Almeida lembrou ainda ao ministro Berzoini que há alguns anos o estado sofre com a falta de profissionais e que a decisão de excluir as capitais pode prejudicar ainda mais a região. “Rio Branco está carente de funcionários e o adicional pode contribuir para atrair servidores para o Estado”.