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Segunda Guerra Eleitoral

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Chama a atenção a forma como os candidatos destas eleições estão tentando tirar proveito da questão da PEC dos Soldados da Borracha. Não bastasse a injustiça histórica por que estes combatentes da floresta na Segunda Guerra Mundial passam por não terem seus direitos reconhecidos pelo país, ainda precisam ficar num tiroteio espalhafatoso entre situação (leia Perpétua Almeida) e oposição (Gladson Cameli).


Os oposicionistas acusam a deputada e pré-candidato ao Senado de espalhar aos quatro cantos que eles votaram contra as propostas de melhoria do pagamento das aposentadorias, pensões e indenização dos soldados e seus familiares.

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Se assim tiver procedido, Perpétua agiu de forma leviana, mostrando que este não é o melhor caminho para quem deseja representar um Estado no Senado.


A comunista deveria dizer aos eleitores quem de fato breca as conquistas dos soldados da borracha: o governo da senhora Dilma Rousseff, a mesma que a deputada estendeu o tapete vermelho em sua passagem-relâmpago pelo Acre. A PEC não tem o apoio do Palácio do Planalto, e não adianta dizer que a oposição é responsável pelos prejuízos.


Esta é uma luta não só da bancada do Acre, mas de toda a Amazônia. Não é certo um parlamentar tentar se arvorar da proposta como de sua autoria. Todo individualismo e interesse eleitoreiro devem ser colocados de lado neste momento. O Congresso em breve entrará em recesso branco, e de nada adianta um querer puxar o tapete do outro.


O melhor (parece impossível) neste momento é governo e oposição das bancadas do Norte sentarem à mesa para pressionar Dilma Rousseff a corrigir este erro histórico que o Brasil comete com estes homens e mulheres. Somente assim eles terão uma perspectiva de, quem sabe, possam se ver reparados pelo governo de seu país que ajudaram em tempos difíceis da guerra.


Rifados
A Democracia Radical (DR), tendência hegemônica do PT, está fechada em torno de Leo Brito para ser seu candidato a deputado federal; em outras palavras, isso significa que toda a estrutura petista estará centrada em torno do ex-presidente; com isso, os demais candidatos ficam sem forças na disputa, incluindo aí o ex-prefeito Raimundo Angelim.


Enfraquecidos
Petistas avaliam que Angelim está hoje sem grupos dentro do partido. Sem esta força as chances de qualquer candidato em obter a vitória são poucas. O professor tem confiado muito em seu legado como um dos melhores prefeitos de Rio Branco, mas este fator, sozinho, não é capaz de assegurar eleição numa disputa proporcional.


Estreia
Novato em eleições, o ex-secretário da Fazenda, Mâncio Lima Cordeiro, está preparando suas bases para concorrer à Câmara dos Deputados. Seus operadores políticos serão os membros da Democracia Socialista (DS), principal tendência “opositora” à DR. O grupo quer manter um mandato em Brasília com a saída de Taumaturgo Lima.


Substituto
Dentro dos grupos do PT foi iniciado um duelo para indicar o sucessor de Idézio na superintendência do Incra. De um lado está o fominha por cargos Sibá Machado querendo colocar o desastrado ex-prefeito de Porto Acre, Zé Maria, e do outro a DS com um nome técnico, mas não conhecido; só para lembrar: Zé Maria deixou a prefeitura devendo salários dos servidores entre outros débitos.


Dedicação
Quem acompanha a agenda do “blocão” diz que não há como negar o empenho de Sérgio Petecão (PSD) na candidatura de Márcio Bittar (PSDB) ao governo. O senador tem sido um dos principais articuladores das agendas do tucano na periferia de Rio Branco, reduto onde Bittar enfrenta certa resistência, com Tião Bocalom (DEM) tendo ainda vantagem.


Parados
O governo Tião Viana (PT) se prepara para enfrentar os meses de abril e maio de manifestações dos servidores públicos. A tendência é dos sindicatos aumentarem a pressão neste ano eleitoral. É hora de o batalhão de assessores especiais do governo bancado com nossos recursos entrar em campo e mostrar a razão pela qual são pagos.

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Vazios
A economia acreana vive hoje um dos momentos mais sombrios de sua história. É perceptível o enfraquecimento das atividades econômicas por conta do fechamento da BR-364; o setor de alimentos é o que mais sofre: os supermercados estão vazios, falta estoque. A contabilidade no final apontará alguns milhões de reais de prejuízo. O mais preocupante é o comportamento do rio Madeira, que não dá sinais de trégua.


Para se comunicar com Fábio Pontes use o e-mail: fabiospontes@gmail.com


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