Após 42 dias de uma paralisação que afetou profundamente a indústria e o comércio amazonenses, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) pode retomar as atividades nesta semana. Uma assembleia do sindicato dos servidores da autarquia, realizada nesta segunda-feira (31), decidiu aceitar a nova proposta do governo federal, e agora aguarda apenas a chancela do Ministério do Planejamento para encerrar a greve.
Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Sidnei Nunes, houve uma proposta de orçamento e outra de criação de um plano de cargos e salários, o que satisfez as reivindicações dos grevistas. “A categoria teve o compromisso do Governo Federal de implementar o plano, além de promover reformas na estrutura dos prédios administrativos da Suframa”. Como a decisão sobre o orçamento cabe ao Ministério do Planejamento, é dele que depende a assinatura que pode pôr fim à greve. “Se o MP assinar essa proposta de orçamento amanhã (1º), nós já voltamos a trabalhar normalmente na quarta”, explicou Nunes.
Ao todo, a greve da Suframa provocou a paralisação de 70% das atividades da autarquia durante o período, o que afetou sobretudo a vistoria e entrada de mercadorias, prejudicando também o comércio no Estado. O prejuízo estimado para o órgão passa dos 300 milhões de reais. A paralisação foi provocada por servidores de carreira, que pediam a criação do plano de cargos, a reforma dos espaços físicos e a promoção de cursos e atividades de qualificação.
Além da greve, a Suframa também enfrentou, nesta semana, o término do contrato de servidores terceirizados da Fucapi, que prestavam serviços de apoio. Por causa disso, nesta segunda o site da autarquia passou o dia fora do ar, e outros serviços em rede, como os trâmites das mercadorias e o posto de fiscalização do Aeroporto Eduardo Gomes, também ficaram paralisados, causando mais prejuízos. A diretoria da Suframa passou o dia negociando um acordo com a Fucapi para a retomada dos serviços.