O Grupo Família Azul inicia na manhã de hoje (01) na escola Dom Bosco, mobilização pela semana mundial de conscientização do autismo. Na quarta-feira (2) uma caminhada pelo Dia Mundial do Autismo acontecerá no centro de Rio Branco. As famílias reclamam da falta de regulamentação de políticas públicas para os mais de 400 pacientes já diagnosticados no Acre.
“Tem uma lei na Assembleia de autoria do deputado Major Rocha, mas essa lei foi engavetada, não recebeu o apoio da bancada governista. A nossa luta é desde 2011, queremos apenas o direito de poder avaliar e acompanhar o tratamento de nossos filhos”, disse Rose Souza, uma das organizadoras do movimento em Rio Branco.
Um neuropediatra foi trazido pela secretaria estadual de saúde em 2013, mas segundo Rose Souza, fez apenas o diagnóstico de 267 pacientes, “e não continuou o tratamento. Hoje esse número chega aos 400 casos em todo o Estado”, acrescentou.
O grupo além de chamar atenção da sociedade vai tentar sensibilizar os deputados para adequações à lei existe que atendam as necessidades das famílias. Dentre os pontos previstos na Lei Nacional está a participação da comunidade na formulação das políticas públicas voltadas para os autistas, além da implantação, acompanhamento e avaliação da mesma.
“Outro aspecto importante a ser garantido é o acesso a ações e serviços de saúde, incluindo: o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional, a nutrição adequada e a terapia nutricional, os medicamentos e as informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento”, concluiu Rose.
Autismo
O autismo, definido em 1943 pelo psiquiatra austríaco, Leo Kanner, é um transtorno que compromete a capacidade de comunicação e desenvolvimento de relações sociais do indivíduo, que passa a se comportar de modo compulsivo e ritualista. É diferente de retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas patologias. Os especialistas ainda não sabem explicar a grave dificuldade de relacionamento desses indivíduos.
