Voltando à terra e me informando sobre os mais recentes acontecimentos políticos me encontro, por acaso, com o vice presidente do PV Stênio Cordeiro de Melo. Ele me contou que o deputado federal Henrique Afonso (PV) ainda não se decidiu sobre qual será o seu papel na eleição. Vai apoiar a chapa do Bocalom (DEM), mas não sabe se será candidato a vice ou a deputado federal. Particularmente aposto mais na primeira alternativa. Mesmo porque o grupo do Bocalom não tem tantos nomes disponíveis significativos para uma candidatura a vice. Stênio que saiu da Secretaria Municipal de Economia Solidária contra a vontade do prefeito Marcus Alexandre (PT) está otimista que Bocalom e Henrique possam ir ao segundo turno.
Outra questão
Se Henrique Afonso (PV) optar para sair à reeleição terá nessa chapa chances mínimas. Não tenho informações sobre outros nomes fortes para federal na composição DEM, PMN e PV. Se tiver algum para ajudar eleger pelo menos um federal será uma surpresa.
Espatifado à vista
Se o ex-deputado estadual José Bestene (PP) continuar a insistir na tese de uma chapa própria para deputado federal do PP vai causar problemas na Aliança. O ex deputado joga para tentar eleger o seu sobrinho Alysson Bestene (PP).
Realidade
Apesar de ter 17 nomes ou mais, uma chapa própria do PP, dificilmente conseguiria coeficiente para eleger um. Além do problema que seria criado com o PSDB e o PMDB. Um verdadeiro tiro no pé.
Chances reais
O PP, na minha avaliação, tem apenas dois nomes com chances reais de eleição para federal. Ainda assim dependeriam de boas colocações no chapão da Aliança. Mas é onde teriam mais chances. Se o Bestene se arvorar em porta-voz decisório do PP a confusão vai ser grande.
A hora da verdade
Bestene se esquece que o PP tem uma candidatura majoritária e que depende de todo o grupo de partidos pare eleger Gladson Cameli (PP) ao Senado. Se a tese de chapa própria prevalecer o maior prejudicado será justamente o Gladson.
Reclamando por que?
Não entendo alguns membros do PSDC que não querem se coligar para estadual com o PC do B. A chapa dos comunistas é forte, mas Edvaldo Souza (PSDC) e Éber Machado (PSDC) estão no mandato com boas chances de reeleição. O PC do B só vai ajudá-los.
Quem pode sobrar
Na minha avaliação, o maior prejudicado nessa chapa seria o Eduardo Farias (PC do B). Fez um mandato ultra-governista e só deve ter votos entre os comunistas. Não jogou para a torcida como outros camaradas e pode colher o que plantou.
Surpresas
A chapa do PC do B vem com bastante nomes conhecidos de várias regiões do Acre. Pode eleger algum dos novos candidatos. Washington Aquino (PC do B) e Zequinha Lima (PC do B) podem ser as surpresas.
Escaramuças internas
Acompanhei de longe as divergências entre o radialista Washington Aquino (PC do B) e Lourival Marques Filho (PT), secretário da Seaprof. Nada além de uma disputa antecipada para uma das vagas da Aleac. Os dois serão concorrentes.
A pesquisa do Bocalom
Realmente pela primeira vez o pré-candidato ao Governo Tião Bocalom apresentou uma pesquisa em que está na frente, não só de Márcio Bottar (PSDB), mas também de Tião Viana (PT). Uma pesquisa realizada pelo Instituto Phoenix de Rondônia.
Questão de credibilidade
Não vou debater a competência técnica do Instituto que já há várias eleições faz pesquisas para Bocalom (DEM). Vou só analisar o que foi publicado.
Limitação
Foram pouco mais de 100 eleitores em Acrelândia, Xapuri e Bujari. Ora, não existem sondagens nos principais colégios eleitorais do Acre, Rio Branco e Cruzeiro do Sul? Ainda assim essa pesquisa serve como base?
Por que a escolha?
Não é difícil imaginar os motivos que levaram o Instituto Phoenix iniciar a sondagem por Acrelândia, município em que Bocalom foi prefeito. O fato é que Bocalom (DEM), está realmente andando muito pelo Acre. Se isso vai surtir efeito só as urnas dirão.
Pela culatra
Tenho lido vários comentários de políticos ligados ao Bocalom (DEM) associando Márcio Bittar (PSDB) ao senador Jorge Viana (PT). Na minha opinião, ao contrário de prejudicar o pré-candidato tucano ao Governo estão ajudando-o.
Lógica eleitoral
Qualquer pesquisa que for feita no Acre ainda mostrará Jorge Viana como um dos políticos de maior prestígio. Mas tem um ponto em comum mesmo entre Márcio e Jorge, os dois valorizam o corpo técnico do Governo.
Sem retaliações
Conversando com Bittar (PSDB) ele admite o avanço na gestão técnica nos governos de Jorge (PT) e Binho Marques (PT). Ele me disse que caso seja eleito vai valorizar mais os técnicos em relação aos cargos de confiança.
Caminho seguro
Na minha avaliação, se Márcio Bittar (PSDB) conseguir se eleger e adotar o critério da competência técnica para as nomeações estará acertando. Atualmente existem funcionários nomeados com altos salários que mal sabem onde fica localizada a secretaria para onde devem exercer as suas funções. Se a máquina política for mais forte do que a técnica o Governo correrá sérios riscos. Quanto a questão eleitoral a prova dos 9 será nessa eleição de 2014. Veremos se o povo acreano prefere um governo mais político ou mais técnico.