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Recuperação da BR-364 atingida pelo Madeira deve custar R$ 200 milhões

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O impacto da enchente do rio Madeira nas rodovias BR-364 e BR-425 deixou 90 quilômetros de pista danificados que precisarão ser refeitos e vão consumir cerca de R$ 200 milhões. A estimativa é da superintendência estadual do Departamento Nacional de Infraestrutura de transportes (DNIT), apresentada na última sexta-feira, em entrevista coletiva na sede da Defesa Civil Estadual. Na ocasião, foi anunciado que uma nova frente de trabalho está sendo montada para atender os municípios de Guajará-Mirim e Costa Marques, onde os rios Mamoré e Guaporé apresentam níveis em elevação e desabrigam famílias.


O tráfego de veículos pela BR-364 passará a ser, a partir de hoje, através de balsas nas localidades de Jacy Paraná, Palmital e Abunã, para que caminhões com cargas essenciais consigam chegar às localidades da parte oeste de Rondônia, como Ponta do Abunã, e estado do Acre, que estão temporariamente isolados.


Segundo o superintendente do DNIT, Fabiano Cunha, a interrupção do tráfego na BR-364 foi decidida obedecendo critérios técnicos e  visando a proteção dos usuários. Ele acrescentou que a paralisação é fundamental para dar garantia ao tráfego de caminhões e, também, para que seja reduzido o tempo mínimo de fechamento da via. Equipes do órgão trabalham intensivamente para que pontos identificados como críticos passem por manutenção. “Queremos evitar que ocorra o desabastecimento na região de Ponta do Abunã  e no estado do Acre”, esclareceu.

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Avaliação


Fabiano Cunha disse ainda que uma consultoria vai avaliar minuciosamente os danos causados às rodovias nas áreas alagadas para que sejam definidas as obras de recuperação. Ao mesmo tempo, segundo ele, seguirá o trabalho de monitoramento da vazante para assegurar a pronta resposta às ações de reconstrução. Pelo menos R$ 200 milhões serão necessários para a reconstrução de danos nas rodovias, conforme levantamentos feitos até o momento.


Rios Mamoré e Guaporé não param de subir


O coronel bombeiro Lioberto Caetano, coordenador estadual da Defesa Civil, anunciou a instalação de uma base de apoio no município de Guajará- Mirim, para atender a demanda provocada pela inundação da região e, também, para prestar socorro à população do município de Costa Marques, que também sofre com a enchente do rio Guaporé.
A nova base de operações vai receber barracas e combustível, além de bombeiros, inclusive da Força Nacional, que são especialistas em atuação neste tipo de desastres.


“Os dados disponíveis indicam que haverá pouca variação do nível no rio Madeira, e, portanto, não deveremos ter mais desabrigados em Porto Velho. Vamos voltar nosso foco para Guajará-Mirim e Costa Marques, onde precisaremos fazer resgate e fazer outros atendimentos”, disse. Ele lembrou ainda que o monitoramento de rotina continuará sendo feito na capital e seus distritos.


O inspetor João Carlos Ribeiro, da Polícia Rodoviária Federal, fez um relato sobre o trabalho da instituição na atuação com Defesa Civil, lembrando os pontos das rodovias federais que precisaram ser interrompidos desde que iniciou o evento da enchente.


Sobre a interrupção do tráfego na BR-364, esclareceu que a decisão levou em conta que a lâmina de água sobre a pista chegou ao nível em que comprometia equipamentos eletrônicos dos caminhões e por isto alguns sofreram pane na estrada inundada, sendo necessária a intervenção de equipes para desobstruir a rodovia e prestar socorro aos motoristas. Ele explicou que balsas serão utilizadas para que os caminhões com suprimentos sigam viagem onde os trechos da rodovia ficaram inviáveis.


Para o coronel Caetano, o trabalho do DNIT e Polícia Rodoviária Federal contribuíram para que seja  mantido o abastecimento de suprimentos nas regiões impactadas pela enchente. Ele destacou  também que a cheia do rio Madeira tem um fato inédito em relação outros desastres similares ocorridos no país: “Até agora não temos registros de mortes. Isto é muito importante”.


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