O alto número de haitianos na cidade de Brasiléia vem incomodando os moradores da cidade que dizem não mais suportarem o comportamento dos estrangeiros pelas ruas do município. Atualmente 2.500 entre haitianos e senegaleses estão na cidade.
O número desses estrangeiros cresceu nos últimos dias em Brasiléia e Epitaciolândia devido a cheia do rio Madeira, em Rondônia, que bloqueou a BR – 364 e impede o transporte de veículos. Muitos estão no Acre a espera de seguirem para outros estados em busca de emprego.
“Muitos vivem no meu portão pedindo comida. Todo dia aparece um. Somos obrigados a ficar com a porta fechada para evitar que eles fiquem pedindo. Sabemos que muitos não têm essa necessidade. É constrangedor para todos”, disse Maria Aparecida, uma moradora das proximidades do abrigo onde estão os haitianos.
Em janeiro, o governador do Acre Sebastião Viana prorrogou por mais 90 dias o decreto que declara situação de emergência social nos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia, afetados por intenso processo de imigração.
“É raiva todos os dias que sentimos. Os haitianos vivem espalhados em todo o lugar. Um dia um tirou as calças para urinar no meu portão, quase em frente da minha mulher. Eu não dei um tiro nele porque minha mãe não deixou. É muita falta de respeito. Eles estão tomando de conta”, comentou outro morador da região, Sérgio Lopes.