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G7: culpados ou inocentes?

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O gesto do governador Tião Viana (PT) em readmitir o indiciado Wolvenar Camargo na função  pública colocou à tona o quase adormecido assunto da operação G7. As críticas retornaram, e o desgaste do Palácio Rio Branco também. O petista não se contentou em ficar somente na nomeação pelo Diário Oficial. Para ele, era preciso um gesto de afronta ao cidadão acreano.


Se para Tião Viana o companheiro Wolvenar é inocente esta convicção ele pode guardar para si, não é preciso ir de contra o pensamento da opinião pública, que já julgou e condenou os investigados. Seria mais prudente ao governador esperar o posicionamento do MPF (Ministério Público Federal) para recolocar na administração estatal os amigos hoje indiciados por formação de quadrilha e peculato.

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Uma análise fria do inquérito da Polícia Federal mostra que as chances dos servidores públicos virem a ser inocentados são altas; as provas obtidas aparentam fragilidade jurídica, em que um bom advogado consegue derrubá-las. No quesito corrupção passiva não se percebe os benefícios reais obtidos por eles ao favorecerem a “organização criminosa” montada pelas empreiteiras do G7.


O benefício mais explícito foi uma pequena reforma na casa e no escritório de Aurélio Cruz, ex-secretário de Habitação. No caso de Wolvenar, na minha leitura do inquérito, não notei a vantagem recebida; as interceptações não mostram negociações de valores, quem ficará com quanto, qual a propina que o então secretário receberia por tirar uma concorrente e colocar um aliado do G7.


Tais fatos que comprovariam a corrupção passiva e desvio de recursos não se vê no inquérito; talvez por isso o MPF pediu novas diligências. A PF, caso de fato queira que esta megaoperação não acabe em pizza, precisa apresentar provas mais robustas. Há um crime sim, aqui não se nega isso.


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Os servidores públicos sabiam da formação de um cartel, eram convenientes, atuavam para retirar empresas vencedoras de licitações que ofereciam menor preço aos cofres do Estado para no lugar colocar o G7, e contribuíam para as fraudes nas licitações. Isso por sim já é grave, mas não se viu as vantagens recebidas por Wolvenar, Aurélio ou Marcelo Sanches.


Agora se os benefícios obtidos não foram pelos funcionários, resta a pergunta: a orientação ao G7 era para que as regalias na obtenção de obras do governo era para assegurar o pagamento do dízimo na campanha eleitoral? Na prestação de contas do TSE o G7 aparece como grande financiador da campanha de Tião Viana. Há ainda formação de um possível caixa dois por parte destas empreiteiras aos cofres da Frente Popular?


Com a palavra a Polícia Federal…  


Para se comunicar com Fábio Pontes use o e-mail: fabiospontes@gmail.com


 


 


 


 


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