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Em Acrelândia, vacina contra HPV imuniza centenas de estudantes

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Lançada na última terça-feira, 11, a campanha de vacinação contra o HPV, na cidade de Acrelândia, no interior do Acre, tem imunizado centenas de pessoas. A prefeitura do município tem como meta alcançar todas as adolescentes que possuem entre 11 e 13 anos de idade. Segundo informa a Secretaria de Saúde, também haverá intensificação na zona rural da cidade.


Nesta primeira etapa, os postos de saúde funcionarão apenas como uma segunda porta de entrada, acolhendo as jovens que perderem a imunização em suas respectivas escolas ou que não estão matriculadas em instituições de ensino.


Na medicina, assim como em várias outras áreas do conhecimento humano, nada é 100%. A vacina contra o HPV não é exceção, e é natural que os pais queiram tirar dúvidas sobre eficácia e riscos. Desde que o governo federal divulgou, em julho de 2013, os detalhes sobre o programa de vacinação na rede pública, retornaram aos grupos de discussão na internet e às colunas dos jornais depoimentos que questionam a necessidade da imunização em massa. Além de argumentos religiosos e temores de que a vacina possa estimular o início da vida sexual entre as meninas, há também médicos que se posicionaram contra. 

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De acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), desde que a vacinação contra o HPV foi introduzida, em 2006, 56% menos jovens entre 14 e 19 anos foram infectadas. A pesquisa foi publicada no The Journal of Infectious Diseases em junho de 2013. O diretor dos CDC, Tom Frieden, descreveu os resultados como um “chamado de advertência” de que a vacina funciona e deve ser mais utilizada. Atualmente, um terço das meninas estadunidenses entre 13 e 17 anos está completamente vacinada. “É possível proteger uma geração contra o câncer e nós temos que fazê-lo”, disse Frieden.


André Murad completa que há expectativas de redução da mortalidade ao longo das próximas décadas no patamar de 80 a 90%. “É claro que não haverá eficácia total. Sempre haverá uma porcentagem que não conseguiremos atingir. Mas se a maioria for beneficiada, temos aí um bom motivo para a campanha de vacinação”, defende o oncologista.


Em fevereiro, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) divulgou carta informando que, de acordo com o conhecimento científico atual a respeito do tema, a instituição entende que não há evidências de que a vacinação seja mais eficaz que a estratégia atual – o rastreamento por meio do papanicolau, no exame ginecológico.


Câncer


O vírus HPV está relacionado a diversos tipos de câncer, mas principalmente ao do colo do útero (cerca de 95% dos casos), o segundo que mais atinge mulheres, ficando atrás apenas do mamário. Estima-se que 685 mil pessoas sejam infectadas por esse vírus por ano no Brasil. Os dados complementares são de Uai.


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