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Divulgador que veio ao Acre faz nova greve de fome para falar com Dilma em Brasília

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Um divulgador da Telexfree iniciou uma greve de fome acorrentado em frente ao Congresso, em Brasília, com o objetivo de ser recebido pela presidente Dilma Rousseff. O protesto, que ocorre desde da última segunda-feira, 10,  é contra a decisão da Justiça que bloqueou as contas da empresa no Brasil, determinado há oito meses por suspeita de que o negócio seja uma pirâmide financeira.


É a segunda vez que radialista Aerci Arreal Olm, de 33 anos, faz esse tipo de manifestação. Em janeiro, ficou cerca de 42 horas sem comer em frente ao Fórum de Rio Branco, na capital do Acre.


Desta vez, Olm tentará atingir a marca de 120 horas, ou até que a presidente Dilma o receba

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O radialista espera conseguir atrair mais gente para o protesto, principalmente quem ganhou mais dinheiro com o negócio – os chamados líderes – e Carlos Costa, um dos proprietários da Telexfree.


“lImagina se um cara desses vem e diz ‘estou aqui’. Seria totalmente expressivo”, diz Olm. “Ele fica lá no conforto da casa dele e tem uma porção de divulgador que também não faz nada.”


Um dos advogados de Costa disse que não comentaria a manifestação.


Bloqueio já dura 267 dias


Apresentada como um negócio de marketing multinível, a Telexfree é acusada pelo Ministério Público do Acre de ser, possivelmente, a maior pirâmide financeira da História do País. O argumento é que a empresa se sustenta das taxas de adesão pagas pelos divulgadores, e não da venda dos pacotes de telefonia VoIP.


Os bens da empresa e de seus sócios foram bloqueados em junho de 2013 a pedido do MP-AC. O objetivo é que o dinheiro seja devolvido a quem apostou no negócio mas não conseguiu recuperar seus investimentos.


Estima-se que 1 milhão de pessoas tenham aderido à Telexfree no Brasil até o congelamento dos recursos e a proibição de novos cadastros. O número pode ser maior pois ao menos até dezembro passado – seis depois, portanto – ainda era possível entrar para o negócio, como a reportagem mostrou.


O ressarcimento pedido pelo MP-AC, entretanto, depende de um aval da Justiça, que também tem de decidir se o negócio é ou não uma pirâmide financeira. Os representantes da Telexfree sempre negaram irregularidades.


 


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