Empresários do interior registram prejuízos com a cheia

Com a cheia do Rio Madeira, em Rondônia, que ocasionou o fechamento de trechos da BR – 364, o abastecimento de gás, material da construção civil e combustível está comprometido no Acre. No interior do estado, a situação é mais preocupante.

Entre os produtos que escassearam no mercado de Acrelândia, por exmeplo, estão o cimento, o gás de cozinha e a gasolina.

Dois dos três postos de gasolina da cidade estão mais de dois dias sem nenhum tipo de combustível e, segundo o gerente, não há previsão para reabastecer as bombas. Com a falta do produto, acumulam-se os prejuízos.

“Sem a venda da gasolina, atrasa o pagamento dos fornecedores, além dos outros compromissos, como o salário dos funcionários”, disse o gerente do posto.

Segundo Edinaldo, presidente de uma cooperativa que fabrica café na cidade, ele está esperando o fornecimento de umas embalagens que chegarão de São Paulo para comercializar o produto.

“Se atrasar, corremos o risco de vendermos o café sem a embalagem, tudo por conta da imprudência dos nossos governantes”, destaca.

Nos supermercados, alguns produtos já não estão sendo repostos com a mesma frequência, nas prateleiras, de acordo com a proprietária de um deles.

Uma empresa de serralheria, por exemplo, reduziu o número de serviços por conta da falta de cimento na cidade.

O empresário Djalma afirma que quem está construindo precisa do cimento para construir muros, portas e janelas, para que seja possível a instalação das grades.

“A maioria dos produtos já estão em falta em Rio Branco. Agora, é esperar o rio secar, não tem alternativa”, diz.

Na última sexta-feira, 7, o presidente do Sindepac (Sindicato da Revenda de Combustíveis Acre), José Magid, informou que ainda este mês chegam ao Acre cinco milhões de litros de gasolina e diesel para suprir a necessidade do mercado local. Todo o produto está vindo através de balsa de Manaus.