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Perpétua trabalha para aplacar PT e atrair dissidentes do PP

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No sábado (8) me encontrei com a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) no porto da Cadeia Velha. Ela estava à espera da balsa, mas não a balsa para Manacapuru, e sim a da Fogás para abastecer o mercado acreano. Balsa para ela é uma possibilidade nem cogitada, a perspectiva da pré-candidata ao Senado pela FPA (Frente Popular do Acre) é tão somente de vitória. Quem a vê percebe um semblante de confiança e suas palavras expressam empolgação; dois ingredientes essenciais para uma campanha bem-sucedida.


O desafio de Perpétua não é fácil; ela tem adversários externos e internos. Dentro de casa o principal problema é o PT; os petistas não a perdoam por ter “abandonado” a campanha de Marcus Alexandre (PT) para a prefeitura de Rio Branco.

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“Iremos nos dedicar à campanha da Perpétua da mesma forma que se dedicou à do Marcus”, respondem alguns petistas quando questionados sobre o Senado. Outros não escondem que terão voto casado Tião Viana e Gladson Cameli (PP), o adversário direto da camarada. Mas nem todas as alas do PT seguem o mesmo posicionamento.


As tendências mais à esquerda estão entusiasmadas com a candidatura da deputada. Para estes grupos, pedir voto para Perpétua é melhor do que para Aníbal Diniz (PT); eles não perdoam o senador por conta das eleições internas de novembro de 2013, além de outras atuações passadas do jornalista.


Perpétua Almeida afirma estar realizando constantes reuniões com os grupos do PT ao longo destas últimas semanas. O objetivo é reduzir os efeitos de uma possível rejeição. Ela diz estar confiante e perceber uma boa reciprocidade dos petistas –fator crucial para sua jornada rumo ao Senado.


No front externo ela está de olho nos dissidentes do PP de Cameli. De acordo com ela, vários são os progressistas descontentes com Gladson e que declaram abertamente apoio a ela. Nas palavras dela, estas pessoas “levaram um tombo de Gladson” e não querem saber de acordo com ele.


Além dos arranjos políticos a deputada espera contar com o retorno de sua atuação com três mandatos seguidos na Câmara. A construção de um bom mandato a credencia a ser uma das principais lideranças políticas do Acre, e com chances reais de vitória no dia 5 de outubro.


Sondagens
Os comunistas estão entusiasmados com pesquisas que mostram crescimento da deputada no Vale do Juruá, área dominada pelos Camelis. Segundo uma fonte, Gladson ainda lidera na região, mas Perpétua vem crescendo de “forma satisfatória” em todas as cidades. Os números são de momento, e nada está definido sobre quem leva a melhor.


Desarmado
O senador Aníbal Diniz (PT) manteve conversas na semana passada com o PCdoB. Os camaradas saíram satisfeitos do encontro. O petista sinalizou compromisso em empenho máximo para ajudar a eleger Perpétua. Não se sabe até que ponto o pouco carismático Aníbal influencia de forma positiva, mas seu apoio não deixa de ser importante.


Rebate
Gladson Cameli (PP) está confiante que em Rio Branco supera Perpétua Almeida nos votos. “E vai ser uma vantagem grande”, comenta com seus auxiliares. A capital será o cabo de guerra para os dois, com Perpétua tendo vantagem por ter seu nome mais massificado entre os moradores. Mas se Gladson souber jogar o jogo tende a crescer.


Confusão eleitoral
O assunto nas rodas políticas do fim de semana foi Henrique Afonso (PV). A desistência de ser o vice de Tião Bocalom (DEM) acabou por soterrar a segunda candidatura da oposição ao governo, já enfraquecida com a saída de Sérgio Petecão (PSD). Mas não só Bocalom foi “detonado”, a tendência é Henrique entrar no ostracismo eleitoral. Um retorno à FPA será o atestado de óbito.


Esquecido
Henrique Afonso e o PV sabem que regressar ao grupo de Tião Viana (PT) é o pagamento de um alto preço. Quem não se recorda dos pesados artigos escritos pelo parlamentar em que a Frente Popular só não é chamada de santa? Por acaso ele acredita que receberá a complacência do Palácio Rio Branco? Nas aparências pode até haver acordos, mas nas eleições a atuação será outra.

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O meu e o seu
Um articulador da Frente Popular define bem a situação de Henrique Afonso: “Ele será o nosso Bocalom no grupo do Márcio Bittar.” A comparação é perfeita. Ao democrata só restará entrar no “blocão” da oposição e tendo como salvação uma cadeira na Câmara. É pouco provável Bocalom ter boas-vindas na aliança dos tucanos, Bittar não o perdoa por ter rompido acordos feitos em 2012, além de outros problemas entre ambos.


Sem balseiro
Um auxiliar de Sérgio Petecão (PSD) diz que Tião Bocalom já enviou um emissário em busca de ajuda. Quer que o senador faça a ponte para sua entrada no “blocão”. O objetivo é convencer Márcio Bittar a aceitar Bocalom e não trabalhar por retaliações durante as eleições. É saber até que ponto o tucano estará disponível a fazer concessões.


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Indicações
Fontes afirmam que o senador Sérgio Petecão tende a indicar a mulher, Mafisa, para ser a primeira suplente de Gladson Cameli (PP). Será a oportunidade encontrada por ela para entrar na política, um desejo expresso já há algum tempo.


Válvula de escape
Para membros da oposição a única figura política da atualidade capaz de salvar Henrique Afonso da forca é o prefeito Vagner Sales (PMDB). No governo as chances de reeleição do verde são zero. No Juruá, o peemedebista poderia fazer alguns auxílios a ele, mas nada que comprometa sua própria campanha para deputado federal. Tudo dependerá das conversas.


Ponderações
O secretário Lourival Marques (Agricultura e Pecuária) manda e-mail fazendo ponderações às críticas da coluna sobre as políticas de produção rural do governo feitas na semana passada.


Parte do e-mail:
“No Acre temos uma política de mecanização agrícola para produção de milho, macaxeira, hortaliças, frutas e outros; temos política de credito agrícola; temos política de criação de galinha caipira; temos política de fortalecimento da bacia leiteira; da piscicultura; da suinocultura; da ovinocultura; da pecuária de corte da avicultura de corte e outros. Os nossos produtores são os beneficiados, logo seremos autossuficientes em vários produtos.” 


Sem comunicação
É bom saber que a gestão Tião Viana (PT) coloca em execução tais práticas. O problema está na comunicação com a imprensa. Não adianta só fazer releases chatos que ninguém lê. O governo também falha em sua política de comunicação ao tratar como inimigos os jornalistas que não rezam a cartilha palaciana; quem paga o preço é o governador.


Para se comunicar com Fábio Pontes use o e-mail: fabiospontes@gmail.com


 


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