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Os verdadeiros heróis estão ao volante no percurso alagado da BR-364

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Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

O deputado Moisés Diniz (PCdoB) percorreu no sábado (8), o trecho alagado da BR 364, incluindo uma viagem de três horas de balsa, ida e volta no rio Abunã. Para o comunista, os verdadeiros responsáveis direto pelo abastecimento do Acre, são os caminhoneiros que se arriscam nas águas do Rio Madeira.


“Encontrei caminhoneiros que chegaram na última quinta-feira no lado de lá do Abunã e somente hoje (sábado) estavam conseguindo a sua vez de embarcar na balsa”, destaca Moisés Diniz, que foi ao local acompanhado por uma equipe do Poder Legislativo, para fazer um levantamento da situação.


Segundo o parlamentar, ele teria presenciado no local que foi improvisado um porto de desembarque das balsas que fazem a travessias de veículos no Rio Madeira, uma máquina pesada puxando todos os caminhões que ficavam atolados, provocando a irritação dos caminhoneiros.


“Se essa enchente persistir por mais algumas semanas, como preveem as autoridades da área, precisamos organizar uma logística mais humanitária para aqueles motoristas. Eles pediram que o Exército disponibilize caminhões para guia-los nos trechos alagados, temendo crateras abertas na BR”, diz o deputado.



O comunista informou que vai sugerir que se instalem banheiros químicos nas regiões de longa espera, nos pontos de desembarque das balsas e nos dois eixos do alagamento, e também uma estrutura de apoio à alimentação e à saúde dos profissionais do volante que passam dias para chegar ao Acre.


“Aqueles homens ficam dois, três dias, sem um lugar digno para nada, sem apoio nenhum. A comida é cara e ruim, quando encontram para comprar. O único apoio que eles têm é a sua força de vontade e o seu heroísmo”, reclama Moises Diniz, que acredita que a solução seria uma maior parceria com o Exército.


Ele relata que teria encontrado caminhões do Exército, os VW tração 6×6, com capacidade para percorrer trechos com 1,5 metros de lâmina d’água. Estes veículos poderão auxiliar no abastecimento do Acre, na possibilidade do nível das águas do Rio Madeira continuem subindo.


“A solução será utilizar esses caminhões militares para atravessar o trecho alagado, na região de Velha Mutum e Jacy-Paraná, que hoje está em torno de um metro de lâmina d’água, como os trechos mais críticos”, explica.


Para Moisés Diniz, a solução final seria deslocar as balsas para um ponto mais próximo de Porto Velho que, mesmo atrasando muito o transporte, ainda assim manterá o Acre interligado com o Brasil. Diniz destaca que continuará os trabalhos da Comissão Especial da Aleac, que acompanha a cheia do Madeira.


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