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Isolamento

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No dia 19 de fevereiro, o governo dos petistas, depois de 16 anos de poder, informou que caso a enchente do rio Madeira continue, o abastecimento de combustível e de alimentos poderão ser prejudicados no Acre. Sequer o estado produz o suficiente para o seu próprio abastecimento. Um dia, um grande empresário radicado aqui disse-me que é preciso importar todos os gêneros alimentícios: “até o tomate, o alface, a batata, a cenoura são alimentos importados”. A falta de produção do estado, resultado de um verdadeiro marasmo econômico, é condicionada pela falta de incentivos adequados por parte do governo, pouca ou inexistente assistência técnica ao produtor, falta de investimento sério em formação de Capital Humano, falta de industrias e incompetência em dotar o Acre de infraestrutura adequada.


Com 16 anos de poder, o PT nada fez de efetivo e relevante para a infraestrutura de transporte do Acre. As obras de construção e manutenção da BR 364, em mãos petistas, andam a passos de tartaruga  e nunca ficam prontas de fato. Rios de recursos foram, prontamente, desperdiçados na estrada que nunca acaba. Não é preciso ser um especialista para ver que já no verão a BR  estava em péssimas condições, agora, no inverno, é fechada por causa de mais uma cheia no rio Madeira.

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Até hoje, por não ter o PT investido recursos de maneira séria e consequente na infraestrutura do estado, fechar a BR 364 é isolar o Acre do resto do Brasil. Uma vergonha, em 16 anos de poder daria tempo suficiente para o desenvolvimento de todas as modalidades de transporte no estado. Um governo estadista faz planos de longo prazo e os executa meticulosamente. Os governos petistas só visam o curto prazo, apagam incêndios e estão preocupados em aparelhar o estado para apenas perpetuarem-se no poder. Não possuem visão de futuro. O Estado do Acre não tem uma ferrovia desenvolvida, não têm hidrovias como deveria ter e a malha rodoviária é precária e incompleta.


Sem infraestrutura adequada, o estado, infelizmente, é mais uma vez vítima do isolamento por causa das alagações rotineiras do rio Acre e do rio Madeira e o isolamento leva ao desabastecimento. São 16 anos de atraso. Inúmeras oportunidades foram perdidas ao longo dos anos petistas. Empréstimos internacionais vultosos, recursos abundantes do governo federal e dinheiro dos altos impostos não serviram para fazer o estado avançar, nada, estamos na mesma rotina de falta de estradas para escoar a produção e falta de apoio técnico consistente no incremento da produção pecuária, da produção agrícola e da industrialização do Acre.


Ficaremos isolados do resto do Brasil até quando? Quando faremos a infraestrutura necessária para trazer progresso para o Estado? Até quando ficaremos a mercê das intempéries passivelmente previsíveis? Até quando o governo do estado inibirá a iniciativa das empresas no Acre? Até quando optaremos por sufocar a produção e tratar produtores como bandidos e invasores como mocinhos ou coitados? Até quando o estado viverá de caridade estatal federal? Quando tomaremos as rédeas de nosso futuro?


Creio que não é justo o que está acontecendo com o povo acreano, ao fechar a estrada o único a prejudicar-se é o Acre, pois é ele quem depende dos demais estados. Um dia o Brasil dependeu da borracha do estado, hoje impera a inação econômica. Um dia o PT vendeu a ilusão da Florestania, uma mera ficção que não deixou sequer estória para contar. Não faltou poder e nem recursos federais para o desenvolvimento do modelo petista, que naufragou pelos próprios deméritos. 


Chegamos a um ponto sem volta. Neste momento, é urgente tirar os petistas do poder com o voto consciente, livre e lúcido. Um voto de confiança em novos homens e mulheres quer darão tudo de si para instaurar uma nova ordem de mudanças para o progresso do Acre. É a confiança que falta para podermos  romper com o marasmo econômico, investir seriamente em infraestrutura, qualificar o acreano e construir uma rede de assistência técnica e incentivos para crescermos, para fincarmos as bases do progresso no Estado. O acreano é um povo sofrido e que merece caminhar de cabeça erguida e orgulhoso por não ter mais o seu estado querido no isolamento. 


* Marcio Bittar é Deputado Federal pelo PSDB/AC, Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados e Presidente da Executiva Estadual do PSDB/AC


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