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Governo promete apuração rigorosa de conflito entre as policias Civil e Militar

As autoridades de segurança do Acre trataram a invasão da Delegacia de Flagrantes, por policiais militares, na noite de sábado (1o), para resgatar um sargento preso pelo delegado Leonardo Santa Bárbara, como um fato isolado. O secretário de Segurança Pública, Ildor Renir Graebner, o comandante da Polícia Militar, Josés Reis Anastácio e o secretário de Polícia Civil, Emilson Farias, declararam que o conflito entre as polícias Civil e Militar, ocorrido na noite de sábado (1O), será apurado rigorosamente e todas as medidas cabíveis serão tomadas.
 
O secretário de Segurança Pública, Ildor Reni Graebner, informa que as apurações serão rigorosas e devem ser feitas por meio das corregedorias da Polícia Militar e Polícia Civil, que já foram acionadas. O comandante da Polícia Militar, coronel José dos Reis Anastácio também informou que todas as condutas adotadas pelos policiais militares serão apuradas. O secretário de Polícia Civil do Acre, delegado Emilson Farias, disse na manhã deste domingo, que o conflito envolvendo policiais das duas instituições, na noite deste sábado, ainda está em fase de apuração.
 
“Tudo que tem que ser apurado será apurado. O fato aconteceu ontem. Tudo o que tem ser apurado será apurado de ambas a partes. A Polícia Civil irá instaurar o procedimento dela e a Polícia Militar o procedimento dela”, disse Emylson Farias, que considera que o fato é “isolado”.
 
Ao ser perguntado se o conflito entre policiais que, pelo menos em tese, devem promover a Segurança da população, é uma ameaça a sociedade, Emilson Farias respondeu: “Imagina! A gente tem que está toda hora trabalhando, trabalhando, e os resultados a gente apresenta todos os dias com pessoas presas. Isso são fatos isolados que ocorrem infelizmente em qualquer lugar e em qualquer situação”.
 
O comandante da Polícia Militar informou que prefere se manifestar após a apuração total dos fatos. “Já ta tudo resolvido. As condutas agora serão apuradas e hoje não tem muita coisa a dizer. Depois da apuração a gente conversa com vocês” 
 
O resgate do sargento da Polícia Militar, identificado como Wendel, aconteceu neste sábado. Ele foi preso após conduzir um condutor suspeito de dirigir embriagado à unidade de segurança pública.
 
Segundo informações de policiais militares, o sargento teria recebido voz de prisão do delegado Leonardo Santa Bárbara, que perguntou ao motorista conduzido à Defla, por suspeita de dirigir alcoolizado, se ele queria fazer o teste do bafômetro.
 
O delegado teria ordenado que o sargento PM submetesse o suspeito ao bafômetro, alegando que o condutor tinha o dever de fazer o teste, mas o militar teria se recusado a proceder o exame, destacando que no momento da abordagem o motorista não aceitou fazê-lo.
 
Mais de 50 policiais militares teriam invadido a delegacia para resgatar o sargento. Uma confusão generalizada tomou conta da unidade após a chegada de um tenente que não teve o nome divulgado. Ele teria regatado o sargento e ordenado que ele se retirasse do local.
 
Os protagonistas do confronto chegaram a empunhar armas. O delegado informou que iria lançar o episódio no livro de ocorrências da Defla.  Duas guarnições do BOPE e várias viaturas de patrulhamento foram estacionadas na frente da delegacia da Polícia Civil.
 
O delegado Leonardo Santa Bárbara solicitou reforço dos demais delegados. Portas da delegacia chegaram a ser quebradas pela ação dos policiais militares. Uma multidão de curiosos se formou na frente da delegacia, filmando toda a briga de policiais militares e policiais civis.
 
Histórico de polêmicas: OAB pede punição para culpados 
 
O delegado Leonardo Santa Bárbara tem um histórico de polêmicas em sua carreira. Em um dos casos, em fevereiro de 2011, ele prendeu e algemou o advogado Sérgio Farias, durante uma operação da Polícia Civil. A prisão foi considerada arbitrária. Na ocasião, o então presidente da Ordem, Florindo Poersch, acompanhado de dezenas de Advogados, defendeu ostensivamente o direito de livre exercício da advocacia, bem como bradou a arbitrariedade do delegado. Na época, por causa da manifestação da OAB, Leonardo Santa Bárbara, representou criminalmente contra Poersch, alegando ameaça e desacato, mas em outubro do mesmo ano, em outubro, o desembargador Pedro Ranzi determinou o trancamento da ação penal que tramitava perante o 2º Juizado Especial Criminal da Comarca de Rio Branco, contra o presidente da OAB.
 
Na manhã deste domingo, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre, Marcos Vinicius Rodrigues, pediu rigor na apuração dos fatos e que os “responsáveis” sejam punidos.
“No Estado das Leis, no Regime Democrático, os homens subsumem-se ao ordenamento jurídico, fruto do Poder emanado diretamente pelo povo e para o povo. Quando homens se julgam acima da Lei, quando autoridades públicas fazem letra morta a Constituição Federal que prometeram defendê-la, todos nós perdemos, todos nós estamos sujeitos ao desvario, à anarquia, ao autoritarismo. Que o episódio ocorrido nas dependências da Delegacia de Polícia desta Capital, patrocinado por quem é pago para defender a população e não para rasgar o Estado de Direito, seja rigorosamente apurado e os responsáveis exemplarmente punidos. É o que os cidadãos esperam!”

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