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Cheia do Rio Madeira força retirada de todos os moradores de um distrito de RO

Está muito crítica a situação nos distritos do Médio e Baixo Madeira por causa da maior cheia já registrada na história de Porto Velho. Nesta sexta-feira, 28, o nível do rio baixou 2 centímetros com relação a cota de quarta-feira, registrando no final da manhã 18,58 metros. Mesmo assim, o nível do rio é considerado muito alto pela Coordenadoria Municipal de defesa Civil (Comdec). Situação mais grave é a registrada em São Carlos que praticamente foi riscada do mapa com a invasão do rio Madeira. Toda a população do distrito, cerca de duas mil pessoas, teve que ser resgatada para Porto Velho.O transporte está sendo feito desde a última segunda-feira. Quem não tem parentes na cidade, está sendo encaminhado para os abrigos mantidos pela Prefeitura. “Já acionamos a Secretaria Municipal de Assistência Social para fazer adotar os devidos procedimentos como fazer o cadastro dessas pessoas para que elas possam receber auxílio e ser inscritas em algum programa social, se for o caso. É preciso saber também quem tem familiares aqui para que se tenha uma ideia de quantas pessoas têm que ser levadas para os abrigos. Esse é o procedimento de praxe. E felizmente está tudo sobre controle, apesar das dificuldades”, afirmou o vice-prefeito.


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Base desativada

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O secretário Mário Medeiros, da Secretaria Municipal de Administração (Semad), adiantou que a Prefeitura teve que desativar a base montada em São Carlos, para dar apoio às operações que estavam sendo feitas nos distritos do Médio e Baixo Madeira. “A Defesa Civil teve que se retirar do local porque não existe mais condições de trabalho. A sede do distrito está tomada pela água e toda a população teve que ser transferida. Em Nazaré a situação é semelhante, mas como lá existe uma parte mais alta, algumas famílias puderam se acomodar na em cima. Mas a área baixa está debaixo d’água também”, disse o secretário.


Em Calama, a água do Madeira já invadiu as áreas das comunidades localizadas nas regiões mais baixas. A população também está sendo deslocada para abrigos nas regiões mais altas. Na quinta-feira, 27, a equipe da Força Nacional se deslocou para resgatar os desabrigados do distrito de Demarcação. São cerca de 100 famílias que foram afetadas pela cheia do Madeira no distrito.


“Apesar de todo esse problema, é importante observar que os ribeirinhos já têm o costume de resistir até onde der. Quando a água vai chegando eles vão fazendo estrado dentro da própria casa e subindo os seus pertences, mas para a maioria a situação ficou insustentável porque nem no telhado deu mais para ficar. A situação está crítica mesmo, revelou o secretário da Semad.


Áreas afetadas


No Baixo e Médio Madeira, além da sede dos distritos, a cheia do rio Madeira já afeta 34 das 41 comunidades localizadas em São Carlos, Nazaré, Calama, Demarcação e as regiões ribeirinhas de Porto Velho. Em São Carlos são 10 comunidades afetadas (Brasileira, Curicacas, Bom Serazinho, Sobral, lago do Cuniã, Itacoâ, Bom Será, Primor, Terra Caída e Canarana. E mais 10 em Nazaré (Vista Alegre, Boa Hora, Pombal, Laranjal, Ilha de Iracema, São José da Praia, Santa Catarina, Tira Fogo, Bonfim e Conceição da Galera).


No distrito de Calama, já são nove comunidades (Papagaios, Santa Rosa, Espírito Santo, Ilha Nova, Ilha Assunção, Ressaca, Independência, Firmeza e Maicy). Cinco são as comunidades afetadas em Demarcação (Rio Preto, Pracuúba, Independência, São João e Monte Sinai). As 10 comunidades restantes estão localizadas em Porto Velho (São Sebastião, Maravilha, Niterói, São Miguel, Cujubim Grande, Cujubinzinho, Bom Jardim, Ilha de Mutuns, Olha dos Veados e Agrovila Aliança).


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