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A união “possível” da oposição

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Como jornalista político tenho tido a oportunidade de conversar com personagens dos dois lados da disputa, FPA e oposição. É preciso ponderar algumas questões para que os leitores e a população do Acre não sejam enganados. Naturalmente o grupo de partidos que está no “poder”, a FPA, é mais homogêneo. Essa união acontece em torno de cargos comissionados e benesses que o poder do Estado podem proporcionar para acalmar os ânimos quando as coisas apertam. Já a oposição em busca de um lugar ao Sol enfrenta a questão de não ter os mesmos “calmantes”. É heterogênea como deveria mesmo ser. Pode oferecer apenas projeções futuras de acomodação caso consiga chegar ao Governo. Assim se une em grupos que tenham maior identificação entre si. Mas isso está longe de significar que a oposição está espatifada.


Salada ideológica
A oposição é formada por dezenas de partidos com ideologias completamente diferentes uma das outras. Em comum só o desejo que derrotar quem está no “poder”. Por isso, a dificuldade de superar as diferenças e formular um projeto de “unificação” o que é natural em qualquer processo político democrático.


Avanço notável
Mas existe uma melhoria na qualidade do diálogo entre as forças oposicionistas. Se saírem apenas dois grupos para enfrentar a FPA, a Aliança e Bocalom (DEM) podem levar a eleição ao governo ao segundo turno.     

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Prudência
Se os dois grupos de oposição que disputarão o Palácio Rio Branco não se digladiarem no primeiro turno podem alcançar a pretendida unidade no segundo. E isso faz parte do processo eleitoral democrático.


“Espatifado” ilusório
Agora, naturalmente que a mídia governista tenta passar à população acreana uma imagem de que a oposição é um “espatifado”. E eles estão papel deles, usando ferramentas de comunicação social para valorizar o próprio produto e projetar o “caos” na oposição. Isso também faz parte do processo democrático.


Cada um usa as “armas” que tem
Não há como condenar o procedimento da FPA. É uma disputa e cada um traça o seu caminho. Cabe à oposição utilizar das mesmas ferramentas para criar as suas vacinas e defender-se. Tudo dentro de um roteiro de uma disputa eleitoral.


Não vai não
O secretário do PRB acreano, Diego Rodrigues, me avisa que as negociações em Brasília para tirar o partido da FPA deram com os burros n’água. O PRB, segundo ele, “não é um partido de gaveta para ficar pulando de galho em galho”. 


Piada do ano
Se o PP vier com 17 candidatos a deputado federal, como pretendem alguns dos seus “dirigentes”, numa chapa própria, cometerá um erro primário. A maioria dos pré-candidatos são inexpressivos. Assim o PP não vai conseguir substituir o deputado federal Gladson Cameli (PP), em Brasília. 


O único caminho
Um chapão para deputado federal com os 10 partidos que compõe a Aliança será muito competitivo. Poderá eleger entre três e cinco deputados dependendo do desempenho dos majoritários. Por aí, um deles será certamente do PP.    


Mania de grandeza
Fico rindo de alguns pré-candidatos a deputado federal que já compraram o terno para a posse em Brasília, em 2015. Esquecem que a disputa no Acre, que só tem oito vagas, é quase majoritária. Vão gastar o que não têm e “pagar o mico” da frustração.


Fala malandragem
Mas tem aqueles pré-candidatos a deputado federal “malandros”. Ficam na espreita para pegar um “dinheirinho” dos partidos e dos candidatos majoritários e depois “dão a loba” durante a eleição. Desaparecem na poeira.


Empate técnico
O chapão para federal da FPA também é muito forte. Tem vários nomes qualificados e com estrutura para fazer boas campanhas. Se eu tivesse que apostar cravaria num empate. Quatro a quatro. E o próximo governador que puxe um a mais pro seu lado pra ter a maioria da bancada federal.


Mania de pobreza
Como dizia Joãozinho Trinta, pobre gosta de luxo. Mas tem um empresário pré-candidato a deputado federal de um partido nanico da FPA que adora dizer que é pobre. E ainda fica “pirangando” ajuda aqui e acolá. O pretenso “deputado” não tem simpatia e nem carisma. Vai jogar o seu “pouco” dinheiro no leito do rio.


Apareceu, cara pálida?
Recebo a notícia de que o deputado federal Sibá Machado (PT) andou dando entrevistas no Juruá. O cidadão que teve mais de mil votos na região, em 2010, está um pouco atrasado na sua visita. Ele precisa explicar quanto colocou de emendas parlamentares para os prefeitos do Juruá trabalharem. É cada uma!


Devagar também se chega
Não entendo a ansiedade de alguns membros da oposição em querer anunciar “por cima da pauzada” a chapa majoritária. Para vencer uma eleição é preciso estratégia, calma, tranquilidade e lucides. Bocalom (DEM) ficou como pré-candidato a prefeito de Rio Branco mais de um ano e perdeu a eleição de 2012. Quando soube que o seu adversário seria o então desconhecido Marcus Alexandre (PT) chegou a comemorar antecipadamente. O Acre tem pouco mais de 700 mil habitantes e uma rede de comunicação social muito boa. Uma notícia pode espalhar-se com uma rapidez enorme. Ninguém ganha e nem perde uma eleição até que se abram as urnas. Além disso, o povão só vai pensar em quem votar depois da Copa do Mundo. Serão três meses de campanha para determinar se a FPA continua no poder depois de 16 anos ou se haverá mudança. Nesse período tudo pode acontecer. E nem sempre quem sai na frente numa maratona é quem chega à vitória.       

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