O pré-candidato ao governo do Acre, deputado federal Márcio Bittar (PSDB) declarou na noite de quinta-feira (27), que o entendimento entre PSDB, PMDB e PV está mais maduro. O tucano disse que conversou com a presidente do PV, Shirley Torres e com Henrique Afonso, que se comprometeram em não bater o martelo de uma possível aliança do Tião Bocalom, do DEM.
Márcio Bittar refutou que poderia abandonar a aliança de oposição e desistir do projeto defendido pela Caravana da Mudança, que está percorrendo todo Acre para debater ideias para um programa de governo do bloco formado por 10 partidos. “Continuo pré-candidato, mas não significa que meu nome seja imposição. Até março teremos uma chapa definida”, diz Bittar.
O líder tucano destaca que a morte de sua irmã causou um grande impacto em seu ritmo de trabalho e o afastou das negociações políticas, mas ao saber das mudanças causadas por conversas plantadas que estariam afastando partidos do bloco de oposição, procurou os líderes de PMDB e PV. “O cenário era muito ruim. Conversas desconexas interferiram muito”, enfatiza.
Segundo Bittar, os líderes do PV estariam, magoados e decididos a fazer uma nova aliança, enquanto o PMDB ameaçava radicalizar e lançar o vice de qualquer maneira. “O resultado final das conversas foi muito bom. O PV e o Henrique Afonso assumiram o compromisso de adiar a decisão de sair do bloco e o PMDB manteve a pré-candidatura de Vagner Sales sem impor um nome para vice”.
O pré-candidato tucano relata que conversou com Vagner Sales, que reconhece a importância do PV e de Henrique Afonso na composição da chapa de oposição. “Nas conversas que mantive com os representantes dos 10 partidos, todos são categóricos ao afirma que a chapa precisa contemplar o Vale do Juruá. O povo daquela região precisa se sentir bem representado”, relata Bittar.
Para Márcio Bittar, o desafio da oposição é administrar o tempo e a ansiedade, antes da definição dos nomes que vão compor a chapa majoritária da oposição. “O prazo final é o mês de março, até por questão de planejamento. O entendimento entre PSDB, PMDB e PV está mais maduro hoje. O PMDB não radicalizou como era a expectativa dos adversários e o PV decidiu que ainda falta um elemento para sua decisão final”.
Questionado se ele teria pensado em abandonar o bloco de oposição e desistir de sua pré-candidatura, Bittar foi enfático: “estas declarações fazem parte de uma carta de renúncia que nunca escrevi ou sequer vou escrever. Em nenhum momento falei isso a amigo ou aliado. Vou apoiar Aécio Neves, mas pedirei votos para ele no Acre, na disputa de nosso bloco pelo governo do Acre”, ressalta Márcio Bittar.
O parlamentar finaliza informando que uma nova reunião com lideranças de oposição poderá fazer uma definição prévia da chapa de consenso dos 10 partidos. “Os que torcem contra um entendimento podem se surpreender. A oposição não é desorganizada como os adversários tentam passar. O que existe aqui é um debate democrático. Ficou claro, que a imposição está do lado dos que criticam, difamam e pagam por apoio político”, finaliza Bittar.