Diante do impasse criado a partir da paralisação grevista dos servidores da Superintendência da zona franca de Manaus no Acre (Suframa), o Ministério Público Federal convocou uma reunião envolvendo o gestor da Superintendência, o representante do sindicato dos servidores do órgão e a polícia rodoviária federal, com o objetivo de garantir que pelo menos 30% dos servidores em greve continuassem mantendo os serviços da Suframa e evitasse que protestos dos caminhoneiros insatisfeitos com a falta de atendimento pudesse comprometer o trânsito de veículos na entrada da cidade, pela BR-364.
Na reunião, que ocorreu na tarde da segunda-feira, 24, o MPF reconheceu o pleito legítimo e o direito de manifestação dos trabalhadores, porém foi recomendado ao sindicato dos servidores da Suframa que garantisse o efetivo mínimo de 30% em atividade, bem como que cessasse a prática de liberação seletiva de mercadorias, atendendo a todos, sem distinção. Até então apenas produtos de primeiríssima necessidade, como medicamentos, estavam sendo liberados.
O sindicato dos servidores pediu prazo de menos de 24 horas para deliberar sobre o acolhimento do que foi recomendado e, ainda na manhã de hoje, 25, informou ao MPF que a partir das 13h irá regularizar o atendimento conforme determinado durante a reunião.
Participaram das tratativas os procuradores da República Eduardo Henrique Aguiar e Felipe Siman, além do coordenador substituto da Suframa, Anderson Gilmar, representante do sindicato, Renato José e o inspetor da PRF, Cesar Henrique.
A mediação do MPF e o consenso entre as partes evitou que maiores transtornos pudessem ocorrer, já que caminhoneiros insatisfeitos com a falta de atendimento ameaçavam bloquear a BR-364 na entrada de Rio Branco. No início da manhã a BR chegou a ser bloqueada porém a PRF conseguiu dissuadir os manifestantes para que aguardassem o prazo dado pelo MPF e que foi atendido pelos servidores da Suframa.