Os dados são da secretaria municipal de saúde, do último relatório apresentado na manhã deste sábado (22). A secretária Marcilene Alexandrina Chaves informou que a fase mais aguda acontece no período pós-enchente, mas garantiu que o município realiza um trabalho preventivo junto ás famílias atingidas pela cheia do Rio Acre.
“O maior cuidado deve acontecer quando as águas baixarem. A urina do rato fica presente nessa lama deixada pela enchente, um simples contato já oferece risco de contaminação”, comentou a secretária.
Alexandrina informou que kits de limpeza serão entregues novamente nos bairros atingidos pela força das águas. Ela alerta para os sintomas da doença e pede que as pessoas não fiquem dentro de suas casas se tratando.
“Um dos problemas de detecção da leptospirose é que, muitas vezes, a doença é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas. Nos casos mais leves, pode acontecer de a doença terminar antes que a pessoa perceba ter sido infectada. Nos mais graves, se a pessoa descobrir em estado mais avançado, existe até mesmo risco de morte”, alertou.
OS SINTOMAS – Os sintomas são parecidos com o de uma gripe comum: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo – principalmente nas panturrilhas, podendo também dar uma aparência amarelada à pele do doente.
Quem apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo, dias depois de ter entrado em contato com águas de enchente ou de esgoto, deve procurar um centro de saúde imediatamente e lembrar de avisar ao médico sobre a forma de contato.
Os primeiros sintomas, normalmente, levam de uma a duas semanas depois do contato com a enchente para aparecer. Mas podem levar até 30 dias para dar um sinal.
O diagnóstico é clínico – ou seja, o médico deve acompanhar os sintomas e conhecer o histórico do paciente – mas muitas vezes são utilizados exames laboratoriais para diagnosticar a presença de anticorpos contra a leptospirose no organismo.