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Brava gente boliviana

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Roberto Vaz


Foi recorrente ao longo desta semana os discursos de descontentamento de lideranças políticas do Acre pela nossa frágil condição de membro da República Federativa do Brasil. Enquanto o líder do partido de Sebastião Viana na Aleac, Geraldo Pereira (PT), queria o movimento separatista para a formação do Estado Independente do Acre, o deputado Luiz Tchê (PDT) incorporou o espírito gaúcho às avessas de Plácido de Castro e desejou nos devolver ao Estado Plurinacional da Bolívia.


Tanta revolta acabou por criar confusão na cabeça do povo, principalmente dos jovens, que simpatizam com a ideia de uma nova Revolução Acreana. Não é para menos. Nunca antes na nossa história fomos tão rejeitados por um presidente da República. Dilma Rousseff vai visitar os companheiros Evo Morales e Ollanta Humaala mas não tem coragem de fazer uma “parada técnica” por aqui para dar um abraço em Sebastião.


Afinal, o Acre não tem os mesmos hotéis e restaurantes de luxo com os melhores chefs do mundo como na antiga metrópole brasileira, Lisboa. Desde a redemocratização, com o voto direto para presidentes civis, o Acre foi tão rejeitado. Até José Sarney por aqui veio. Fernando Collor não deu tempo, e muito menos Itamar Franco.


FHC, como dizem os petistas, foi um grande amigo do Acre. Mas Lula foi o brother de verdade. Dilma Rousseff levou uma surra de votos na terra dos Vianas. Já foi a Manaus, Boa Vista e Porto Velho. Rio Branco em 2012 ficou debaixo d’água e ela enviou apenas seus ministros. Neste ano eleitoral é que a presidente (A) não pisa nestas bandas.


A preocupação dela é muito maior com os grandes colégios eleitorais. Há tempos o Acre não se vê na fotografia da República brasileira, por isso o sentimento por parte de alguns de ficarmos sob o domínio de La Paz. É certo que Dilma tem ajudado o governo com a liberação de recursos e a autorização de empréstimos para o nosso endividamento.


Este problema sim nos colocará numa situação difícil. A nossa dívida é em dólar, moeda que vive seus altos e baixos. Ou seja, se a moeda americana subir, a dívida vai junto. Resta-nos a pergunta: Como um Estado pobre pagará BIRD e BID nas próximas décadas?. Aí se concretizará não a ideia de Pereira nem a de Tchê.


Iremos viver o nosso Bolivian Synidcate do século 21. Aí, senhores, não terá Luiz Gálvez suficiente para nos tirar das mãos dos gringos, para “o dólar deles pagar nosso mingau”.


Para se comunicar com Fábio Pontes use o e-mail: fabiospontes@gmail.com


 


 


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