O PT fez aniversário há uma semana, mas quem ganhou o presente foi o PC do B. A deputada federal Perpétua Almeida (PC do B) foi oficialmente apresentada como pré-candidata ao Senado pela FPA, durante evento na manhã desta segunda-feira, no AFA Jardim.
Até o dia do evento nesta segunda-feira, PC do B e PT travaram uma batalha interna e intensa com declarações na mídia que provocaram mal estar entre as duas siglas e resultaram em feridas que podem respingar na disputa majoritária. Mas no evento de hoje os oradores membros da FPA tentaram passar uma imagem de camaradagem e companheirismo entre petistas e comunistas. O presidente do PC do B, deputado Moisés Diniz, chegou a ler uma declaração ao senador Aníbal Diniz pedindo-lhe desculpas e chamando-o de um “quase padre”.
Ao mesmo tempo, o evento também serviu para consolar o senador Aníbal Diniz. A maioria dos oradores elevou as qualidades do petista como “um companheiro leal”. O prefeito de Rio Branco, Marcus Viana disse que “talvez poucos de nós tomaria uma decisão dessa que tomou o Aníbal Diniz. O Aníbal foi considerado entre os melhores senadores nesses três anos de Senado”.
Num longo discurso, o senador Aníbal Diniz ao lado da deputada Perpétua Almeida, usou da argumentação de que sempre defendeu a participação da mulher na política, mas não negou que tomou uma decisão difícil.
“Quero pedir que nos empenhemos pela eleição da companheira Perpétua Almeida. Eu quero dizer que fiz muitos pronunciamentos no Senado, não foram poucos defendendo a tese de mais participação das mulheres na política e é isso que estou fazendo. Eu não estarei pela metade nessa campanha. Estou de coração nessa batalha”
Em estado de graça e visivelmente emocionada, a deputada federal Perpétua Almeida agradeceu a Aníbal Diniz e na maior parte de seu discurso elogiou o governador Sebastião Viana, principal responsável por sua indicação.
“Queria te agradecer Tião, porque tu foi porreta em defender essa unidade. Aníbal tu deu uma lição de moral para todos nós aqui”, disse a comunista.
O salão do AFA ficou tomado por militantes da FPA, parlamentares e até secretários de Estado, que deixaram o trabalho em plena segunda-feira para participar de um evento político.
