O senador Ivo Cassol (PP-RO) denunciou nesta sexta-feira, 14, durante o programa Fique Ligado da Rede TV, a criação de um Quartel General (QG) para perseguir, desmontar e comprometer adversários políticos do PMDB. A liderança em Rondônia que ousar a falar em candidatura ao Governo é atacada por forças policiais, arregimentadas dentro da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), para forjar provas e operações para colocar na lama o nome dessas pessoas, segundo explicou Cassol.
O parlamentar diz querer acreditar que o secretário Marcelo Bessa e o governador Confúcio Moura (PMDB) não tem participação nesse “jogo podre”. Mas ele deu prazo para Confúcio tomar providências porque, caso contrário, Cassol vai pedir a abertura de uma investigação profunda através de uma comissão do Senado.
Cassol falou especificamente do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), que teve seu filho preso na Operação Apocalipse, sem ter qualquer envolvimento em crimes, para calar suas denúncias contra o Governo da Cooperação. “Eu até duvidava, mas agora eu acredito em tudo que o presidente da Assembleia denuncia sobre esse Governo”, explicou o senador Cassol. Sua irmã, Jaqueline Cassol, que estava filiada ao PR e que disputaria o Governo, foi perseguida e envolvido injustamente na morte da jovem Naiara Karine, sua funcionária em uma loja no shopping. “Minha irmã está destruída, tomando remédio de tarde e de noite para poder dormir”, revelou o parlamentar. Ela se desfiliou do PR e não quer saber mais de política.
Cassol deixou transparecer na entrevista que existem armações contra os deputados Maurão de Carvalho (PP) e Neodi Carlos de Oliveira (PSDC) que também demonstraram pretensões eleitorais ao Governo. O senador lembrou do ex-prefeito José Bianco (DEM), que sofreu uma investigação descabida pela Polícia Civil para segurar seu ímpeto de concorrer novamente ao Palácio Presidente Vargas.
Expedito, Assis e o contrato de vigilância
Na entrevista, Cassol também deixou claro que apesar de ter dito que é pré-candidato ao Governo, o ex-senador Expedito Junior não sofre qualquer tipo de retaliação porque o contrato de vigilância beneficiava também o cunhado do governador Confúcio Moura, Francisco de Assis, que estaria envolvido em todo tipo de maracutaia no Governo da Cooperação. “O Expedito fazia o racha com Francisco de Assis”, denunciou Cassol. “O Expedito não pode nem ser candidato porque está inelegível. Ele anda dizendo que estará apto no dia 5 de outubro, mas não é verdade. Deveria haver mesmo é uma investigação nesse contrato de vigilância”, disse Cassol.