O dólar fechou em queda e 0,83%, a R$ 2,3865, nesta sexta-feira (14), em dia de desvalorização da moeda dos Estados Unidos nos mercados e de constante atuação do Banco Central no câmbio, com os investidores ainda acreditando que a autoridade monetária poderia intervir mais ainda caso fosse necessário.
Na semana, a moeda americana acumula alta de 0,3% e no ano, de 1,23%. No mês, o dólar tem queda de 1,07%.
“O dólar está caindo no resto do mundo, mas o mercado doméstico está muito volátil. Qualquer movimentação acaba tendo uma influência um pouco maior sobre as cotações”, afirmou à Reuters o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
Ativos de países emergentes vêm sofrendo intensa pressão nas últimas semanas em meio à onda global de aversão ao risco. Nesta sessão, houve alívio e o dólar recuou sobre o peso mexicano e o peso chileno.
Também pesou sobre as cotações no Brasil a declaração do presidente do BC brasileiro, Alexandre Tombini, de que as reservas internacionais do país poderão ser usadas para “suavizar os ajustes e diminuir o impacto da desvalorização do real sobre o lado real da economia”.
“O dólar ainda está pressionado pela fala de ontem (quinta) do Tombini”, disse à Reuters o operador da corretora B&T, Marcos Trabbold.
Nesta manhã, a autoridade monetária deu continuidade às atuações diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais tradicionais — equivalentes à venda futura de dólares –, com volume equivalente a US$ 197,3 milhões. Foram 500 contratos para 1º de agosto e 3,5 mil para 1º de dezembro deste ano.
Além disso, vendeu a oferta total de 10,5 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em março. Ao todo, o BC já rolou cerca de metade do lote total.
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