O senador Jorge Viana (PT) mexeu num ninho de caba e a imprensa nacional percebeu e reagiu. Ao defender a tipificação como terrorismo de crimes como o que aconteceu quando um artefato explosivo explodiu durante um protesto no Rio de Janeiro que matou o cinegrafista Santiago Andrade o senador acreano esbarrou num baú de amargas lembranças. Imediatamente a mídia nacional de opinião relacionou a iniciativa ao AI 5, um ato constitucional que limitava as liberdades individuais durante a Ditadura Militar. Mais de 3 mil brasileiros morreram durante a repressão e milhares de outros foram exilados no “período de chumbo” que começou em 1964 e durou 20 anos. Num momento em que o Brasil vive a democracia plena ninguém vai querer a repetição de mecanismos que poderão ser usados de maneira política. A própria presidente Dilma (PT) quando indagada há um tempo atrás sobre o controle de conteúdo da mídia nacional reagiu: “O único controle que aceito é o controle remoto da minha televisão”. Vale lembrar que Dilma Rousseff foi militante dos movimentos de esquerda e vitima da Ditadura. Portanto, não acredito que jamais ela vá sancionar uma lei que remeta ao regime de exceção.
Aconteceu virou manchete
O Correio Brasiliense não poupou aqueles que defendem a tipificação de crimes como terrorismo. Na sua manchete de quarta, dia 12, tascou: “Projeto enquadra protesto de rua como ato terrorista – AI 5 Padrão FIFA”. A polêmica deve render.
Devagar com o andor
Se algum manifestante ultrapassar o limite, como aconteceu no Rio de Janeiro, deve ser julgado de acordo com o Código Penal Brasileiro. Causou dano que pague pela sua irresponsabilidade na cadeia como qualquer outro crime.
Aldeia Global
A reação contra incoerências políticas na mídia nacional é diferente do Acre. Aqui alguns meios de comunicação tratam as lideranças como intocáveis. Mas não é assim que a banda toca no resto do Brasil. Quem pensar que as coisas são como no Acre que prepare o lombo.
A “possível” próxima vítima
Eu já escrevi isso, mas vou repetir. Se a ex-senadora Marina Silva (PSB) facilitar o apoio do PSB e da Rede à FPA vai ser questionada pela mídia nacional. O seu marido, Fábio Vaz, é secretario do atual governo da FPA. A associação será tão natural quanto o nascer do Sol.
Coisa de Primeiro Mundo
Todas as eleições a oposição bate na ladainha de que as gestões da FPA não conseguiram transformar a saúde pública em de Primeiro Mundo. Mas existe algo de Primeiro Mundo no Acre que merece ser elogiado: a OCA.
Exemplo positivo
O projeto do ex-governador Binho Marques (PT) humanizou o atendimento burocrático em Rio Branco. Tudo rápido e eficiente num só lugar. E ainda tem gente da “alta” do atual Governo que reclama da OCA pela despesa mensal que representa aos cofres públicos. Vai entender…
Expansão, sim…
Na realidade, o projeto da OCA deveria ser otimizado. Seria bom se abrissem mais três unidades no Estado. Cruzeiro do Sul, Sena Madureira e Brasiléia. Olha aí um bom cavalo de batalha para a campanha. A população vai agradecer.
Questão de foco
Gasta-se tanto dinheiro público inutilmente em ações improdutivas. Por que não investir num melhor atendimento burocrático aos acreanos? A OCA é um modelo para o resto do Brasil e ponto final. Falo isso como usuário satisfeito da OCA.
Persistente
O advogado Roberto Duarte (PMN) está em plena pré-campanha ao Senado. Lado a lado com Bocalom (DEM), Duarte tem andado por todo o Estado apresentando seu nome como pré-candidato. Ele garantiu que não vai recuar.
Perdas e danos
O jovem Roberto Duarte (PMN) poderá tirar votos do pré-candidato Gladson Cameli (PP), sobretudo, na Capital. Aviso não faltou de que isso poderia acontecer. Nem as conversas com Bittar (PSDB) e nem com Gladson (PP) demoveram Duarte da empreitada.
Será oficial
Uma fonte me revelou que o nome da deputada federal Perpétua Almeida (PC do B) será ungido na próxima terça, dia 18, como candidata única ao Senado da FPA. Não adiantou nem o choro e nem a vela. Agora, esperem o ranger de dentes.
Tudo igual
Conversei com o presidente do PDT nacional, ex-ministro Carlos Luppi. O senador Cristovão Buarque (PDT) não sairá para a presidência da República. O PDT vai apoiar a reeleição de Dilma (PT). Aqui no Acre são cartas marcadas. O PDT deve continuar na FPA.
Lugar errado
O deputado Luiz Tchê (PDT) vai tentar eleger-se deputado federal no chapão da FPA. Uma missão quase impossível na minha avaliação. Ali tem nomes muito fortes com estruturas difíceis de serem batidas. Mas cada um que escolha o seu destino.
Quem vem pra Aliança
A deputada federal Antônia Lúcia (PSC) vai oficializar na próxima semana a sua adesão à Aliança Progressista de oito partidos de oposição. Virá com o apoio e a bênção do diretório nacional do PSC. Um reforço considerável.
Preconceitos à parte
Apesar de discriminada pela imprensa acreana, Antônia Lúcia (PSC), está fazendo um bom mandato. Também o Governo da FPA não sabe como lidar com a parlamentar. A falta de diplomacia faz dela uma forte adversária. Uma estupidez sem precedentes…
Abrindo caminho ao adversário
Desde os medos de dezembro até hoje já andei por todos os municípios do Acre. O clima de mudança política é palpável. O natural desgaste de 15 anos das gestões da FPA é um fato inquestionável. No entanto, a oposição tem facilitado a permanência do grupo governista. As brigas internas e “rachas” dentro da FPA não são bem exploradas pelos oposicionistas que preferem amplificar as suas próprias divergências. Como diria o doutor Ulysses Guimarães (PMDB) “não estão sabendo ouvir a voz rouca das ruas”. Claro que ainda existe tempo para que as coisas mudem dos dois lados, situação e oposição. Mas se o atual quadro persistir não fica difícil imaginar quem sairá vitorioso no próximo pleito.
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