Costumo escrever que em ano eleitoral cada dia contém a eternidade. Tudo pode acontecer. Aquilo que é fato hoje torna-se uma ilusão amanhã. Mas o quadro político atual é preocupante para a disputa da vaga do Senado na FPA. Nesta quarta, dia 12, um deputado estadual do PT me confessou com todas as letras: “Nas reuniões que tenho feito com as minhas bases de cada 10, nove vão votar no Gladson Cameli (PP) para o Senado. Os militantes do PT não querem a candidatura da Perpétua Almeida (PC do B) sob hipótese nenhuma,” afirmou. Claro que esse quadro ainda poderá ser revertido com ações políticas depois que o nome da comunista for anunciado oficialmente. Mas vai dar muito trabalho…
Remando ao contrário
Ainda na Aleac um jornalista que cobre a política do Acre há muitos anos me disse o seguinte: “Enquanto a oposição trabalha para facilitar a eleição de Tião Viana (PT) a FPA trabalha para ajudar a eleição de Gladson Cameli (PP) ao Senado.”
Favoritismo ilusório
A tese de alguns colegas de imprensa é que Anibal Diniz (PT) com a máquina federal e estadual a seu favor é um candidato mais forte. No entanto, não é isso que dizem as pesquisas domésticas. Nelas Perpétua (PC do B) aparece muito a frente de Diniz.
Por que medo?
Uma outra fonte da “inteligência estratégica” da FPA me respondeu porque o parte do PT tem medo de Perpétua Almeida (PC do B): “Eles acham que a comunista no Senado será uma candidata natural ao Governo em 2018”.
Liberdade de ação
Quando deixar a prefeitura de Cruzeiro do Sul, em abril, Vagner Sales (PMDB) vai exonerar todos os cargos de confiança. Deixará o caminho livre para que o seu vice que assumirá, Mazinho Santiago (PMDB), possa imprimir as suas digitais na gestão.
Tranquilidade
No entanto, não acredito que Mazinho (PMDB) mude a base de colaboradores da prefeitura. A maioria deve continuar na gestão. Mas é natural que cargos mais próximos sejam de pessoas que estejam em sintonia com o futuro prefeito.
Irresponsabilidade
Se confirmadas as denúncias do prefeito do Quinari, James Gomes (PSDB), contra o gestor relâmpago do município, André Maia (PT) a coisa é séria. James (PSDB) acusa André (PT) de “farra de diárias”. Isso prejudica a imagem da própria FPA. Mas em tempos de eleições é melhor esperar para ver a veracidade da denúncia.
Destino previsto
O processo contra James Gomes (PSDB) tinha toda a “cara” de não vigorar. Pela fragilidade e a contaminação política das provas estava escrito nas estrelas que voltaria ao cargo. Portanto, gastar por conta, se confirmado, seria um crime muito sério que comprometeria o futuro político do jovem André Maia (PT).
A força da juventude
Um dos nomes fortes dentro do PP para disputar uma vaga à Câmara Federal vem justamente do Quinari. O jovem advogado Neto Ribeiro (PP) vai contar com o apoio do tio Celso Ribeiro (PR) prefeito do município entre 2004 a 2008.
Renovação necessária
Neto Ribeiro (PP) é um crítico do processo político acreano. Conhece as fragilidades da oposição e as contradições da FPA. Um debate entre Neto Ribeiro (PP) e Léo Brito (PT) seria interessante. Fica a sugestão aos pauteiros das TVs locais.
Melhor ainda
O prefeito de Mâncio Lima, Cleidson Rocha (PMDB), está na Capital viabilizando uma emenda parlamentar para construir uma concha acústica às margens do Japiim, um braço do rio Môa. O cenário é exuberante e valorizará ainda mais o melhor carnaval de rua do Acre.
Espírito de momo
Doutor em filosofia e teatrólogo Cleidson sabe promover festas populares. Podem gostar ou não do prefeito de Mâncio Lima. Mas realmente ele fez do carnaval de rua do município um acontecimento que deveria constar do calendário de turismo do Estado. Quem quiser é só conferir…
Disputa anunciada
O prefeito de Rodrigues Alves, Burica (PT) deve incentivar a candidatura da sua esposa Mônica (PT). O município deverá pegar fogo com o confronto entre ela e Maria Antônia (PROS) esposa do ex-prefeito Dêda (PROS).
Baixo Clero unido
O deputado Chico Viga (PTB) vai mesmo para a reeleição. Ele pertence ao Baixo Clero da Aleac. Um grupo heterogêneo ideologicamente mas muito unido. Coisa rara na atual política do Acre.
Divisão não soma
Os membros do Baixo Clero estão questionando a chapa própria do PC do B para deputado estadual. “Todo mundo ralando por um lugar ao Sol no chapão da FPA e o PC do B navegando sozinho para eleger os seus deputados,” protestou um dos membros do Baixo Clero.
Fatura garantida
Não acredito que o PDT irá para a oposição. A visita de Carlos Luppi, presidente do partido ao Acre deve ratificar essa tendência. Por mais que o deputado Tchê (PDT) tenha muitos desafetos na FPA a ação do governador Tião Viana (PT) deve garantir a presença do PDT na coligação governista.
Palavras ao vento
Um indício dessa tendência é o recuo do deputado Luis Tchê (PDT), no final do período legislativo estadual, de 2013. Ele queria a aprovação das emendas impositivas na Aleac. A base governista agiu sob a tutela da Casa Rosada e o projeto foi rejeitado. Tchê garantiu que iria recorrer à Justiça para o projeto das emendas impositivas ser levado à votação no plenário. Ficou o dito pelo não dito. O projeto foi engavetado e Tchê silenciou. Diria Shakespeare, muito barulho por nada…