A atitude da médica cubana Ramona Rodríguez, que abandonou o programa Mais Médicos, do governo federal, depois que se sentiu enganada, teve repercussão no Acre. A promotora de defesa do consumidor do Ministério Público Estadual, Alessandra Marques, disse que o país merecia uma punição internacional “por admitir que supostos médicos cubanos venham prestar serviço no país por 400 dólares”, comentou.
A postagem da promotora foi feita em sua página no facebook. Ela também criticou o fato do restante do dinheiro (10.000) ficar com um país, segundo ela, “sem qualquer democracia, uma ditatura que comercializa gente”, acrescentou. Ramona assinou o contrato de US$ 1 mil, US$ 400 dos quais recebia no Brasil e os outros US$ 600 seriam depositados numa conta em Cuba com acesso à médica apenas ao final de seu trabalho no Brasil daqui a três anos.
O valor do salário anunciado pelo programa é de R$ 10 mil reais. A médica cubana disse que assinou contrato com uma sociedade anônima de nome Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos, não com a OPAS. Informou que os US$ 400 dólares que recebe não corresponde às condições anunciadas pelo governo brasileiro.
Antes de buscar a ajuda do DEM, a médica tinha acionado a embaixada dos EUA em Brasília para solicitar sua inclusão no programa americano que oferece asilo aos cubanos desertores.
O Acre tem 37 médicos cubanos que atuam em 18 municípios e dois distritos indígenas. Até agora nenhum deles se manifestou com relação a manifestação de Romana e nem com relação aos seus contratos.
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