“Quando os líderes da FPA morrerem o Acre vai acabar?” ironiza Vagner Sales

Durante o encontro da Aliança de 10 partidos, em Cruzeiro do Sul, na noite de sexta, 7, o prefeito de Cruzeiro do Sul e pré-candidato ao governo Vagner Sales (PMDB) deu o tom de como deverá ser a campanha da oposição. Ele quer usar a sua gestão na prefeitura como uma mostra da capacidade de governabilidade dos oposicionistas. Mostrando que apesar do isolamento e a falta de apoio do Governo da FPA conseguiu fazer a melhor gestão da história do município, Vagner quer divulgar os avanços da sua administração como prova de capacidade de governar dos líderes da oposição. Ele ironizou as gestões da FPA ao afirmar: “Ele têm essa mania de dizer que se eles perderem os salários vão atrasar e o Estado cairá no caos. Aqui em Cruzeiro do Sul nós provamos que isso é balela com uma administração que mereceu elogios de várias publicações nacionais. Será que esse pessoal da FPA pensa que se eles morrerem o Acre vai se acabar? Prestem atenção porque de insubstituíveis o cemitério está cheio,” desabafou.

Metralhadora giratória
Vagner também não poupou críticas a outras lideranças de oposição que se negam a unir-se. “Existe um desejo de mudança da nossa população que está relacionado a união. É isso que ouvimos na rua das pessoas mais simples. E temos que aprender com elas. Nós dessa Aliança temos representatividade política com cinco deputados federais, seis estaduais e dez prefeitos. Quem não estiver aqui conosco está contra a mudança. Mas tem dois teimosos, Bocalom (DEM) e Petecão (PSD) que não conseguem entender que estão só. Parece até que estão a serviço do PT. Não dá para fazer política com esse tipo de gente,” afirmou Vagner Sales.

Isolamento fatal
A tese do prefeito de Cruzeiro do Sul é que Petecão (PSD) e Bocalom DEM) não têm nomes suficientes nem para formar uma chapa competitiva para as disputas proporcionais para federal e estadual.

Chapão
Vagner Sales (PMDB) advogou a formação de um chapão para federal para eleger cinco deputados. E coligações que disputarão as cadeiras da Aleac com boas chances de fazer a maioria que garantiria a governabilidade da oposição numa eventual vitória ao Palácio Rio Branco.

Cada um é cada um
O que ficou claro durante a Caravana dos oposicionistas no Juruá é que será formulado um plano de governo ouvindo a população. Ninguém vai mais insistir na vinda de Bocalom (DEM) e Petecão (PSD) para a Aliança.

Bastidores
O que os pré-candidatos majoritários da Aliança, Márcio Bittar (PSDB), Henrique Afonso (PV), Vagner Sales (PMDB) e Gladson Cameli (PP) deixam transparecer é que o projeto de Bocalom (DEM) e Petecão (PSD) estão superados.

A volta dos “nanicos”
Na opinião da maioria das lideranças da Aliança, caso Bocalom (DEM) e Petecão (PSD) insistam em serem candidatos ao governo farão uma campanha de “nanicos”. Isso por falta de apoio político e de tempo de rádio e televisão durante a campanha.

O trunfo
A união entre grandes partidos como PMDB, PSDB, PP, PV e PR irão garantir à Aliança o maior tempo de mídia do TRE durante a campanha. Inclusive, maior que a da FPA. Sem falar no apoio político que passa pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) e de bancadas representativas no Congresso Nacional.

Mudando de situação
O pré-candidato ao Governo, Márcio Bittar (PSDB) acredita que a partir de janeiro de 2015 deixarão de ser oposição. “Essa é a última caminhada em que seremos oposição. No próximo ano seremos o Governo,” afirmou.

“Falso comunismo”
O pré-candidato ao Senado, deputado federal Gladson Cameli (PP) também ironizou os seus futuros adversários. “Não vou perdoar o falso comunismo e nem aqueles que se fazem de santo para enganar a população do Acre,” disse ele.

Mágoas ao vento
Um mistério na política do Acre é saber o que aconteceu com o deputado federal Henrique Afonso (PV) quando estava na FPA. O pré-candidato ao Governo fez um discurso contundente contra os seus ex- aliados. Ele acusou as lideranças da FPA de perseguição. “Senti isso na própria pele,” afirmou.

Falta de democracia
Henrique Afonso (PV) disparou ainda: “A FPA trata a oposição como inimiga. Mas as grandes democracias se constroem com base ao respeito à diversidade. A palavra reconciliação é a chave para as mudanças sociais necessárias,” ressaltou.

A soma
É inegável que a ida de Henrique Afonso (PV) para a oposição trouxe um elemento ideológico mais forte. Henrique acredita em um governo de convergência com as forças da Aliança, seja quem for o candidato ao Governo.

Chega da história de macacos
A questão ambiental deverá ser contemplada no plano de governo da Aliança. O desenvolvimentismo “destrambelhado” como foi pregado em outras eleições deverá ser abandonado. Homens e macacos poderão viver pacificamente.

Questão econômica
A economia do Estado que não gera os empregos suficientes às novas gerações de acreanos deverá ser um dos pontos principais do projeto de governo da Aliança. Mas ninguém fala em plantio de soja e destruição ambiental.

Mais saúde, menos formigas
Henrique Afonso (PV) foi contundente nas suas críticas à saúde pública do Acre. “Existem sim filas enormes para cirurgia, ao contrário do que apregoam. Na zona rural o que nós vemos são redes utilizadas como ambulâncias,” lembrou.

Mudança de paradigma
Acompanhando a reunião da Aliança de oposição pude perceber que alguns conceitos que foram utilizados como cavalo de batalha em outras eleições serão abandonados. As lideranças da Aliança admitem os avanços das gestões da FPA, mas irão criar um plano de governo para mostrar que podem fazer ainda melhor. Eles irão trabalhar durante a campanha o desgaste natural dos governos da FPA e o anseio de mudança de parte da população do Estado. Pelo menos por enquanto, mostram-se dispostos a fazerem concessões internas na hora da escolha da chapa majoritária em função do coletivo. Querem não repetir os erros de outras eleições em que foram “trucidados” pela FPA. É esperar para ver. A eleição de 2014 no Acre promete muitas emoções. Disso não tenho dúvidas.