O termo “rolezinho” adotado nos polêmicos encontros de jovens da periferia de São Paulo nos shoppings começa a ser utilizado por pastores do Acre com outro objetivo: o de ganhar fieis. A ideia não é bem vista pelo setor mais conservador da Igreja Evangélica. Anunciado pelas redes sociais, o evento é visto como “modismo” do movimento pentecostal pós-modernidade. Os conservadores prometem investir pesado em educação para conter o que chamam de “onda”.
“São neófitos que recebem uma autoridade não amadurecida e acham que devem promover qualquer tipo de evento. Estão fazendo mais bagunça do que a coisa certa”, afirma um pastor conservador que pediu para não ter seu nome identificado.
Setores do alto clero da Igreja Evangélica não querem aparecer neste momento em que eles temem ter posicionamento confundido, principalmente, pela classe mais jovem que acaba embarcando no movimento, mas estudam a possibilidade de realização até de seminários para disciplinar o assunto.
Procurado, Leo Costa, promotor do evento, defende a necessidade de a Igreja fugir do convencional, utilizar a linguagem do tráfico para tirar o jovem do mal. Ele citou o capítulo da Bíblia Marcos 15;16 que diz “ide a todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. Leo lançou a tese de fuga da formalidade na Igreja.
Leo não revelou o nome de sua denominação e depois de afirmar que o “rolezinho gospel” era uma ação particular, retirou o anuncio de sua página no facebook. O segmento segue dividido. Para o Pastor Deliandro Thaumaturgo, da Igreja Intensidade El-Shadai, da Cadeia Velha, “tem que se usar de estratégias para vencer o mal e ganhar novos adeptos”, comentou.
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