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Livros da biblioteca da Ufac são furtados com facilidade

Por
Venicios

Qual estudante já procurou livros na Biblioteca da Ufac e não achou? Ou até encontrou, porém, apenas um exemplar, e portanto não pode levar para estudar em casa por ser o único?


Eu passei por isso várias vezes. E passei a suspeitar que os livros estavam sendo furtados. Pois o sistema web informava que o livro estava na prateleira, mais não estava. Então retornei ontem, 03 de fevereiro a biblioteca, e testei o equipamento da porta, peguei dois livros na prateleira e passei pela porta e nada aconteceu, nada. Foi então que conversei na tarde de ontem com o diretor da biblioteca, com o pró-reitor administrativo e com o reitor da Ufac, Minoru Kimpara, que prometeu resolver o caso.


Sabia do problema desde janeiro, mais me foi solicitado pelo pró –reitor administrativo da Ufac, publicar a notícia apenas nesta terça-feira,04, data  provável que o problema será resolvido, com intuito de não contribuir para o aumento do numero de furtos.


 O surpreendente é que a falha na segurança ocorre desde março de 2013, período suficiente para furtar grande quantidade de livros. O próprio diretor da biblioteca da Ufac, Marcelino Monteiro, confirma que vários livros estão sendo furtados do acervo. Ele desabafou ao dizer que já solicitou equipamentos e “pessoal” mais não foi atendido devido principalmente a burocracia administrativa.


Com isso, vários estudantes (inclusive eu) ficam muitas vezes impossibilitados de realizarem seus estudos. Segundo informações do diretor, os livros que mais são furtados são do curso de direito e medicina.  “Os livros Patologia, do autor Abbas, desapareceram quase todos. Quando chegam livros novos , não tenho coragem de levá-los para a biblioteca, pois provavelmente serão furtados, deixo-os em uma sala separada junto de outros que consegui salvar” disse.


É bem verdade que furtos acontece em quase todos os lugares, mais de acordo com o  diretor é grande o numero de furtos , que vem acontecendo. Monteiro, acredita que os furtos são realizados por pessoas que não são estudantes. “Um exemplo do grau de furtos é que na ultima aquisição de R$ 2,5 milhão em livros, 25% já foram furtados, além de outros furtos que já viam acontecendo”, relata o diretor.


 Os próprios bibliotecários informaram que os livros são furtados bem antes do problema do equipamento. “É fácil driblar o sistema, é só retirar a fita magnética que fica dentro do livro, não há câmeras, não há segurança, poucos atendentes, os armários ficam dentro da própria biblioteca, é só entrar colocar o livro dentro da bolsa ou dentro do armário e depois levar. Nada vai apitar, ninguém vai ver”, disse um bibliotecário.


A boa notícia é que a partir desta quarta-feira,04, possivelmente o problema do sistema de detecção será resolvido. A má é que todos os livros que já foram furtados não serão encontrados ou devolvidos.


Ao terminar a minha conversa com o diretor da biblioteca, adivinhem quem encontrei passeando pela biblioteca conferindo a conclusão da reforma da biblioteca, que deveria ter sido concluída em agosto de 2013, e que prevê troca de pisos, reforma de banheiros, climatização, mais não prevê investimento em segurança  além de um detector na porta (que esse dizem que vai funcionar)? O reitor da Ufac, Minoru Kinpara.


Não pude perder a oportunidade de fazer a reclamação, questionamentos: por que o sistema de detecção da biblioteca não funciona há quase um ano, como faço para estudar se o livro foi furtado, como que uma biblioteca não tem câmera, como uma biblioteca não tem nenhuma segurança?


 A resposta não surpreendeu: “Não estava sabendo da situação, apesar de saber que acontecem alguns furtos. Vou conversar com o diretor da biblioteca e tomar providencias” disse o reitor. Eu falei que não adiantava ele procurar o diretor, pois ele já havia informado a falha na segurança e a escassez de pessoal à pró-reitoria administrativa, que esta não fez nada até o momento, mais ele seguiu para a sala do diretor (que eu espero não prejudicá-lo pois publicar seu desabafo, mais que afirma que tem tudo registrado em documentos a solicitação de segurança.


A demora para concertar o equipamento de acordo com o pró-reitor de Administração, Thiago dos Santos, é devido a burocracia. “É preciso realizar licitação de acordo com a lei 8666, bem como a empresa responsável se localiza em outro estado. É muita demanda, temos que administrar além do campus Rio Branco o campus Cruzeiro do Sul e o colégio Aplicação.


Eu não quero belos açudes, eu quero livros para estudar


Desde novembro de 2013 procurava no acervo da biblioteca da Ufac um determinado livro de jornalismo. O sistema web dizia que ele estava na biblioteca e que havia três unidades, porém ao procurar não estavam na prateleira. Perguntei ao atendente (uma senhora, que acredito não saber utilizar computador e que não é bibliotecária), ela informou que provavelmente o livro estava sendo usado por alguém dentro da biblioteca ou tinha sido emprestado, mais não tinha como saber se havia sido emprestado ou não.


Achei estranho mais fazer o que? Retornei outro dia e o livro novamente não estava lá. Então retornei em janeiro  e dessa vez fui mais instigante, perguntei a outro atendente, (um  atendente novo, esse acho que era de fato bibliotecário ), expliquei que já havia procurado o livro duas vezes e não achava. Ele disse que se o livro estivesse emprestado o sistema deveria informar, e mesmo assim a unidade nº 1 deveria estar na biblioteca. Após não encontrarmos o livro ele confirmou as minhas suspeitas, disse que muitos livros estavam desaparecendo, sendo furtados, devido ao equipamento da porta não funcionar, há tempos.


Fiquei surpresa, por ele ter a coragem de me confirmar isso. E também fiquei chateada ,pois percebi que definitivamente não iria ter acesso ao livro. Mas o atendente disse que mesmo assim iria procurar. Voltei depois de uns três dias e ele não achou. E foi então que decidi falar com a direção.


Retornei ontem,03 de fevereiro, e testei eu mesma o equipamento da porta, peguei dois livros na prateleira e passei pela porta e nada aconteceu, nada. Foi então que conversei com o diretor da biblioteca, com o pró-reitor administrativo e com o reitor da Ufac, Minoru Kimpara, que prometeu resolver o caso.


*VANESSA ALVES é estudante de jornalismo da Universidade Federal do Acre,


 


 


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