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Desabrigados sonham com casas da Cidade do Povo

Os números divulgados pela Defesa Civil Estadual apontam que mais de 110 famílias ocupam os alojamentos construídos no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco para os atingidos pela cheia do rio Acre. Muitas dessas famílias já estão escritas no Cadastro Único (CadÚnico) e há alguns anos esperam por uma moradia digna e longe das áreas de alagamento e desbarrancamentos.


A reportagem do ac24horas esteve no Parque de Exposições e conversou com alguns dos alojados e destaca dois casos: o do pintor de imóveis, Elisângelo da Silva Santana, e da dona de casa, Creuza Lopes, que alimentam a esperança de serem contemplados com uma das residências do Cidade do Povo.


Recém chegado ao Parque de Exposições, Elisângelo Santana lamentou o quinto ano consecutivo por ser uma das centenas de pessoas atingidas pelas águas do rio Acre. Como ironia do destino, o pintor Elisângelo, que teve a casa invadida pelas águas do Rio Acre, trabalha em uma das empresas contratadas para atuar na construção da Cidade do Povo.


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Santana, que hoje não foi trabalhar para se alojar no Parque de Exposições, está escrito há cinco anos no programa  governamental e espera por uma residência digna. Em tom de resignação ele alimenta o sonho de ser um dos contemplados com a sonhada moradia.


“É muito triste todos os anos você ter que sair de sua casa e vir para um abrigo, mas tenho esperança que um dia serei sorteado e terei minha casinha, quem sabe uma dessas casas que eu estou pintando lá no Cidade do Povo será a minha, oro a Deus todas as noites por isso”, sonha Elisângelo Santana.


A dona de casa Creuza Lopes está mais perto de ter o sonho realizado, ela afirma que esperou por mais de dez anos para ser uma das contempladas e agora espera a entrega das primeiras unidades para usufruir da moradia própria.


“Esperei por dez anos para ser sorteada e agora estou há dois anos esperando pela minha casa, fui sorteada e agora espero a entrega das Casas do Cidade do Povo”, destacou Creuza Lopes, que, antes de ser encaminhada ao Parque de Exposições, morava em um quartinho alugado na Baixada da Habitasa com o esposo e uma filha adolescente que tem necessidades especiais e precisa tomar remédio controlado.


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De acordo com contratos firmados entre a Caixa Econômica Federal e Governo Estadual, os primeiros a receberem os imóveis serão as famílias de áreas alagadas. As famílias que foram encaminhadas ao Parque de Exposições não retornarão para suas antigas residências, elas serão inseridas no programa Aluguel Social.


 


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