Após o PMN oficializar na manhã desta segunda-feira (27) o rompimento com o grupo dos deputados Márcio Bittar (PSDB) e Gladson Cameli (PP), e o lançamento da pré-candidatura do advogado Roberto Duarte Júnior ao Senado, parte da direção da legenda procurou nesta terça as lideranças do Conselho Político da oposição. Formado por nove partidos, o conselho foi fundado em dezembro com objetivo de construir um palanque único para enfrentar o governo.
Segundo informações, a decisão do PMN de compor a aliança liderada pelo senador Sérgio Petecão (PSD) foi tomada contra a vontade da maioria dos dirigentes. “Havia um compromisso formal, assinado em papel, do PMN caminhar na defesa da união da oposição e na construção de um plano de governo”, diz um membro da Executiva.
A mudança ocorreu numa articulação vinda de Brasília. O PMN é o ex-partido de Petecão, onde foi eleito deputado estadual, federal e senador em 2010. Desfiliou-se para integrar o PSD criado pelo ex-prefeito de SP, Gilberto Kassab.
“O Petecão levou o PMN mas não levou as pessoas”, diz um integrante do conselho oposicionista. Os dirigentes descontentes com a mudança procuram uma forma de se reacomodarem ao “conselhão”.
Uma das possibilidades aventadas seria uma intervenção junto à Executiva Nacional realizada por Márcio Bittar. A estratégia é o tucano recorrer ao governador paulista Geraldo Alkmin (PSDB), onde o PMN participa do governo e tem sede em SP. Márcio Bittar, contudo, nega uma eventual operação de “cima para baixo”.