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Estudante da UFAC denuncia agressões praticadas por Policiais Militares

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Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

O estudante do curso de Educação Física da Universidade Federal do Acre (UFAC), Eric Mateus Farias da Silva, 24, procurou a reportagem de ac24horas para denunciar uma suposta agressão praticada por cinco policiais militares do 3º Batalhão (Baixada da Sobral).


De acordo com o denunciante, que encontrou a reportagem no escritório do advogado Carlos Vinicius, ele participava da eleição para escolha da nova diretoria do DCE da UFAC, quando por volta de 1h30 da madrugada foi deixar um amigo no Bairro Bahia, nas imediações do Bairro João Eduardo a dupla foi abordada por duas guarnições da Polícia Militar que deram ordem de parada.


Ainda segundo o denunciante, os militares ordenaram que os ocupantes da motocicleta descessem e foi nesse momento em que Eric da Silva levou um chute para abrir as pernas. A vítima disse que se identificou como estudante, inclusive mostrou a camiseta que vestia com o tema das eleições do DCE da UFAC, mas foi humilhado chamado de burro e de palavras de baixo calão.


“Eles nos mandaram descer da moto e bota as mãos na cabeça, um dos policiais deu um chute e mandou que eu abrisse as pernas, me identifiquei e disse que era estudante universitário, que estava participando da eleição do DCE e que inclusive havia prestado concurso para a polícia militar, tudo isso na tentativa de mostrar que sou um cidadão de bem, mas ao contrario do que esperava, eles me humilharam, me chamaram de burro, que eu não era nada por se estudante e ainda me agrediram com socos na barriga, nas costelas e nas costas. É uma sensação horrível você ser agredido por quem é pago para lhe proteger”, relatou o estudante.


Eric da Silva disse também que após os policiais consultarem seu nome e a procedência de sua motocicleta viram que haviam cometido um erro e então, na tentativa de evitar que fossem denunciados, passaram a ameaçar o jovem. Conforme declarações da vítima, os militares afirmavam que iriam prendê-lo para “sujar” seu nome e que ele nunca mais teria paz em sua vida. O estudante relatou ainda que os militares realizaram uma espécie de ‘eleição’ para definir seu destino, e então ele foi algemado e posto dentro do bagageiro de uma viatura.


“O sargento que estava junto com os policiais disse que iria fazer uma eleição saber o que fariam comigo e saiu perguntando o que os soldados achavam e todos disseram que tinham que me levar para a delegacia, ele disse que tinha sido voto vencido e mandou me algemar e fui jogado dentro de uma viatura feito um marginal, um criminoso. Somente depois de muita insistência do meu amigo é que o sargento me liberou. Estou me sentindo ameaçado e ando muito nervoso com medo de tudo”, disse o jovem que registrou uma denuncia na Corregedoria da Polícia Militar.


De acordo com o advogado do estudante, Carlos Vinicius afirmou que já entrou com uma ação nas esferas cível contra o Estado, criminal, contra os militares por agressão, ameaças e coação e administrativa, na Corregedoria.


“Todo e qualquer agente público que cometer crime, agressões, intimidações ou qualquer outro tipo de ilícito estaremos representando contra esses agentes públicos nas três esferas” disse o advogado.


Outra denuncia feita pela vítima é a falta de médico no Instituto Médico Legal, de acordo com Eric da Silva ele ainda não conseguiu realizar um exame de corpo de delito pela ausência de profissionais no instituto.


O comando Geral da Polícia Militar informou à reportagem que ainda não foi noticiado do caso, mas se a suposta agressão já foi registrada na Corregedoria uma sindicância será aberta e a investigação iniciada.


O comandante em exercício, coronel Mario Cesar Souza de Freitas, disse que se comprovada as agressões duas medidas podem ser adotadas. Uma se comprovado crime, o caso é encaminhado ao Ministério Público para oferecer denuncia, se o caso for apenas de transgressão disciplinar os envolvidos estarão passiveis de punição que varia de uma simples advertência até prisão. 


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Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

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