Cinco dos oito deputados da bancada federal vão apoiar candidatura única da oposição ao governo do Acre

A união dos partidos de oposição que parecia um fato improvável poderá se consolidar nos próximos dias. O grupo de 10 partidos, que tem como principais legendas, PSDB, PMDB, PP e PV poderá ganhar a adesão de PSC e PTC, agremiações da base de apoio da deputada federal Antônia Lúcia, que sinalizou com a possibilidade de formalizar a aliança com o bloco que defende candidatura única das oposições na disputa pelo governo do Acre.

 O grupo contará com cinco dos oito deputados federais da bancada do Estado. Márcio Bittar (PSDB), Gladson Cameli (PP), Henrique Afonso (PV), Flaviano Melo (PMDB) e Antônia Lúcia (PSC), que juntos obtiveram 157,262 votos. O novo cenário é motivo de preocupação para o Partido dos Trabalhadores (PT), que temendo a derrota na disputa pela vaga no Senado, reuniu o conselho político da FPA e abriu mão da disputa em favor de Perpétua Almeida (PCdoB).

 A deputada federal Antônia Lúcia confirmou sua ida para o bloco de partidos que tem como pré-candidatos ao governo do Acre, Márcio Bittar (PSDB), Vagner Sales (PMDB) e Henrique Afonso (PV). “Tivemos uma reunião a portas fechadas com os deputados Márcio Bittar, Henrique Afonso, Flaviano Melo e o representante do PP, José Bestene. Decidimos que depois da segunda quinzena de fevereiro faremos ao anunciou oficial”, destaca a parlamentar.

 Segundo a missionária, o prazo solicitado seria para ela conversar com o senador Sérgio Petecão (PSD) e o ex-prefeito de Acrelândia, Tião Bocalom (DEM), que também anunciaram que são pré-candidatos. “Não temos motivos para caminharmos divididos. Se o objetivo é fazer um governo para todos, nada mais natural que saibamos compreender a mensagem das ruas que pede a união das oposições. Vou defender a aproximação de Petecão e Bocalom”, enfatiza.

 Para Antônia Lúcia, a possibilidade de sucesso da oposição passa pela união em torno de um nome que aglutine o apoio de todos os partidos. “Este ainda não é o momento de dizermos quem será o candidato. Precisamos trabalhar com estatísticas, planejamento e diálogo. Temos bons nomes, e faremos pesquisas para saber quem reúne as qualidades e apoio popular para figurar como candidato ao governo. Esta consciência existe no grupo”, afirma.

 A parlamentar destaca ainda, que este é o momento para que os políticos de oposição comprovem que estão dispostos a abrir mão dos projetos pessoais para trabalhar por um projeto que beneficie a coletividade. “Quem quer o melhor para o Acre terá a chance de demonstrar o desprendimento de orgulho e projeto pessoais. Somos cinco deputados federais e não vamos temer a Frente Popular na campanha”, dispara Antônia Lúcia.

 Ela ironizou a data escolhida pelo governador a data escolhida pelo governador para apresentação do nome de seu vice. “O governador deve está prevendo alguma coisa. Ele escolheu o número do PSC para dizer que será seu vice. Acho que este dia será de afirmação da oposição. Estou pensando até em oficializar a aliança do PSC e PTC com os demais partidos oposicionistas no mesmo dia. Nosso dia será 20 de fevereiro, o número do meu PSC”.

 Candidaturas proporcionais

 Antônia Lúcia informou que os partidos de oposição farão um trabalho para que os candidatos sem mandato tenham chances de buscar uma cadeira na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Os parlamentares com mandato federal poderão formar um chapão, além de duas chapas com partidos com políticos sem mandato. “Todos terão chances neste bloco. Não existirá imposição, mas espaços igualitários para todos nas eleições 2014”, finaliza.