Suposto escândalo sexual envolve três membros do primeiro escalão de gestores do PT

Na semana passada a imprensa mundial deu destaque a um suposto caso amoroso do presidente francês François Hollande fora do casamento. É recorrente no submundo da política notícias de relacionamentos extraconjungais, capazes de abalar a estrutura do poder. Um dos de maior repercussão foi do ex-presidente dos EUA, Bill Clintom, com sua secretária particular, Monica Lewinsky.

Estas situações passaram a ser frequente também na política acreana nos últimos anos. As eleições de 2012 foram abaladas com a especulação de um relacionamento do então candidato Marcus Alexandre com uma das candidatas a vereadora da Frente Popular. O caso não foi explorado na propaganda eleitoral, mas era assunto comum nas redes socais e rodas de conversa.

O Acre amanhece esta segunda com mais um caso deste tipo, num enredo envolvendo a descoberta da traição, suposta violência física e dano ao patrimônio privado.

Conhecido por sua força e prestígio político desde o governo de Jorge Viana (PT), Francisco Nepomuceno, o Carioca, -assessor especial do governo Tião Viana (PT) – estaria mantendo um relacionamento amoroso com Aline Braga, assessora especial do prefeito Marcus Alexandre (PT).

Carioca não é casado, portanto, estaria com a ficha-limpa. O problema é a petista, casada com o secretário-executivo da Secretaria de Direitos Humanos, Dimas Sandas. No sábado, ao desconfiar que a mulher estava lhe traindo com o todo-poderoso Carioca, Dimas agrediu a esposa fisicamente. Aline resolveu não denunciá-lo, mas sim sair da residência do casal para se refugiar na casa de seus país.

No domingo, pela manhã, Dimas chegou na casa dos pais de Aline e tentou tirar o filho do casal dos braços da mãe. Ao receber a negativa, ele se enfureceu, pegou tijolos e jogou contra o veiculo de Aline, , uma Mitsubishi Pajero vermelha. O veículo teve os vidros quebrados.

Ao ver a situação, Aline resolveu acionar a Policia que quando chegou ao local, o marido já não se encontrava mais.  De acordo com relatos, há todo momento a vitima recebia mensagens pelo celular de Dimas afirmando que estava armado, na frente da casa de Carioca e que iria matá-lo.  A PM iniciou as buscas pelo secretário, mas não conseguiu encontrá-lo. A assessora da prefeitura de Rio Branco oficializou a denuncia na Delegacia da Mulher, localizada no segundo distrito da capital ainda no domingo, 19.

A reportagem do ac24horas foi esta manhã à Delegacia da Mulher. Lá, foi informada de que o B.O – Boletim de Ocorrência – não está mais sob sua tutela, mas encaminhado para a cúpula da Secretaria de Polícia Civil.

Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Civil não soube passar informações detalhadas sobre o caso, informando que até a noite de domingo não havia ocorrido a transferência do B.O para outro setor do órgão.

Em nota, a assessoria de imprensa do governo informou que o secretário Nilson Mourão (Direitos Humanos) tomará as devidas providências. A partir do momento que houver a instauração do inquérito policial, Dimas Sandas será afastado das funções. Quanto ao assessor especial Francisco Nepomuceno, o governo não se pronunciou, se limitando a dizer não entrar nos “meandros da vida pessoal”. Segundo a assessoria, ele não quer se manifestar sobre o caso.

Dimas Sandas informou ao ac24horas que tudo não passa de boatos. “Isso não é real, estou tentando identificar a origem da fonte [da informação]”, se limitou a dizer.

Segundo informações, Aline Braga não trabalha mais como assessora especial do prefeito Marcus Alexandre, sendo colocada para exercer função em outra pasta. A ativista dos direitos humanos, Joana D’Arc Valente, que garante ser advogada da vítima, disse não saber todo o conteúdo da queixa registrada pela cliente, destacando somente os danos ao veículo.