O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) encaminhará a Vigilância Sanitária do Estado, ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Conselho Regional de Medicina (CRM) um relatório detalhado sobre os problemas existentes no Hospital Manuel Marinho Monte, de Plácido de Castro, e na unidade mista de saúde mantida pelo governo do Estado em Acrelândia. Os sindicalistas visitaram as duas cidades no dia 10, encontrando várias situações que podem resultar em riscos para a saúde dos pacientes.
Segundo o presidente do Sindmed, José Ribamar Costa, existe a subutilização da área física do hospital, como do centro cirúrgico, que está desativado, e do auditório, moderno e equipado para atender os alunos de medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), mas está sem uso há meses. Ainda foi constatada a falta dedetização e faltam de limpeza nos condicionadores de ar, potencializando a propagação de doenças.
“O centro cirúrgico virou um depósito de materiais. Recebemos ainda a informação de que os condicionadores de ar estão sem limpeza há 15 meses, além da proliferação de insetos, como baratas, formigas e outros agentes indesejados pela falta dedetização há mais de um ano”, afirmou o presidente do Sindmed.
No hospital ainda foi constatado o local de repouso foi instalado de forma inadequada para os médicos e demais servidores que ficam de plantão por 24 horas, chegando a atender mais de cem pessoas, incluindo perícias, caracterizando desvio de função.
“É flagrante a falta de segurança no local e a quantidade extenuante de pessoas a serem atendidas, o que prejudica a consulta. Em uma demonstração de verdadeiro descaso, falta de compromisso com a saúde e desrespeito aos impostos dos contribuintes”, protestou José Ribamar Costa.
Na unidade de Acrelândia foram constatados problemas similares, relacionados a falta de dedetização, a falta de higienização dos condicionadores de ar, além de infiltrações, materiais enferrujados e a falta de ventilação.
As salas de curativos e de pequenas cirurgias estão funcionando de maneira precária, precisando de reparos. O local também não dispõe de equipamentos capazes de garantir o bom atendimento a gestante.
“O subfinanciamento do SUS é uma realidade, e o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de Lei de Iniciativa Popular, que obrigava o gestor a investir 10% da receita da União significa que continuaremos com uma estrutura precária”, finalizou o presidente do Sindmed.
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