A grande repercussão na política acreana da aliança do deputado Henrique Afonso (PV) com a oposição provocou o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB) a fazer nesta sexta, 17, algumas ponderações. Ele considera a vinda do PV para a aliança um ganho. “O Henrique é um grande político, um evangélico sério. Ele foi um adversário difícil de bater na disputa pela prefeitura. Mas todas as qualidades do Henrique quem conhece melhor é o PT,” ironizou.
Sem história de grupo
Outro ponto que Vagner ressaltou: “Aqui nós somos uma Aliança Progressista, com um projeto para governar o Acre, não tem essa história de grupo. Isso parece coisa de G7. Vamos firmar o nome de aliança e não de grupo,” disparou.
A união possível…
Vagner Sales disse que a prioridade desse momento é afirmar a união das oposições. Reafirmou que é um dos nomes da Aliança colocado como pré-candidato a Governo, juntamente com Márcio Bittar (PSDB) e Henrique Afonso (PV).
Sem mágoas
Outro ponto destacado por Vagner: “O processo que foi aberto contra mim não tem a participação do Henrique. Podem checar se ele gastou um real que fosse com advogado para formular o processo. Isso é foi coisa do PT mesmo,” disse ele.
Dormindo com o inimigo
Quanto as divergências políticas com Henrique, Vagner sentenciou: “Quem está se acostumando a incorporar adversários é a FPA. Veja os aliados deles atualmente. O Narciso Mendes, o Osni Lima (PTB), a Zila Bezerra (PTB), o César Messias (PSB) todos dormindo juntos e comendo no mesmo prato,” provocou.
Reforço
A opinião de Vagner Sales (PMDB) é que Henrique Afonso juntamente com o PV ajudarão a formular um novo projeto para o Governo do Acre. “A nossa aliança já tem 10 partidos unidos com a meta de fazer uma transformação no Estado,” ponderou.
Yes, nós temos projeto
Vagner também ironizou a “ladainha” da FPA de que a oposição não tem projeto de Governo. “ A minha administração da prefeitura de Cruzeiro do Sul provou o contrário. Sem nenhum recurso do Estado fiz uma gestão aprovada pela população. Na campanha vamos provar que podemos governar o Acre,” afirmou.
Mercado aquecido
Recebi um e-mail que diz o seguinte: “Em Tarauacá o produto mais vendido na atualidade são botas sete léguas. As ruas da cidade parecem mais ramais. Pobre dos comerciantes que vendem outro tipo de calçado.”
Fogo amigo
O prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (PT) deve ficar esperto. A informação foi passada por um “aliado” insatisfeito com a sua gestão. Segundo ele, Rodrigo está dando mais valor aos adversários recém cooptados do que aos “aliados”.
Tiro pela culatra
Os governistas já sabem que o projeto Ruas do Povo, em alguns lugares, vai mais tirar votos do que dar. Obras mal realizadas com problemas sérios de drenagem tornam-se um pesadelo. A culpa é das empresas que embolsaram recursos e realizaram trabalhos péssimos. Mas quem vai pagar a fatura política é a FPA.
Pode faltar no final
O deputado federal Flaviano Melo (PMDB) também comentou a adesão de Henrique Afonso (PV) à aliança de oposição. “Ele vai desinterar votos preciosos para a FPA na eleição proporcional,” ressaltou.
Eterno subestimado
Vale lembrar que Henrique Afonso (PV) nunca entrou numa eleição proporcional como favorito, mas ganhou todas. Foi vereador de Cruzeiro do Sul e três vezes deputado federal. A cada reeleição seu nome era sempre descartado como possível eleito.
Derrotas dignas
Já como candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul perdeu para Zila Bezerra (PTB), em 2004, no auge do antipetismo no Juruá e, Vagner Sales (PMDB), em 2012. Mas sempre saiu fortalecido das eleições com votações dignas.
Disputa equilibrada
Existem analistas que avaliam a chapa de deputado federal da FPA como imbatível. Realmente a aliança tem nomes fortes como Angelim (PT), Léo Brito (PT), Mâncio Cordeiro (PT) e Sibá Machado (PT). Mas a chapa de oposição, em alguns aspectos, é mais competitiva. Nomes como Flaviano Melo (PMDB), Antônia Lúcia (PSC), Vagner ou Jéssica Sales (PMDB), Ilderley Cordeiro (PR), Márcia Bittar (PSDB), Deodato (PMDB), Alysson Bestene (PP), Sérgio Barros (PSDB), entre outros, não são desprezíveis. Por enquanto, o meu prognóstico é de um empate de quatro a quatro entre os que representarão o Acre, em 2015, no Congresso Nacional.