O secretário de segurança pública do Estado do Acre, Reni Graebner disse no início da semana durante um programa de rádio que as câmeras do programa Crack é possível vencer – instituído pela presidente Dilma Rousseff – não entraram em funcionamento por culpa da Eletrobras. Em resposta, a companhia de distribuição de energia afirmou que 18 pontos estão irregulares e que os 26 pedidos de instalação estão sendo atendidos conforme liberação das instalações do ponto de entrega de cada ligação.
O anuncio de instalação do circuito é feito pelo secretário Reni Graebner sempre que a capital vive uma onda de violência. Segundo o ac24horas apurou, a licitação de 11 câmeras de videomonitoramento é do tempo da ex-secretária de Segurança Pública, Marcia Regina, atual chefe da Casa Civil do governador Sebastião Viana. Outras 8 que completam o sistema já estavam em processo de compras na gestão da ex-secretária.
Desde o final do ano passado, Graebner anuncia o funcionamento do sistema que deve ajudar na elucidação de crimes e inibir a ação de vândalos. Até a primeira quinzena de janeiro, segundo dados do próprio secretário, 9 homicídios foram registrados em todo o estado.
Esta semana, antes mesmo de colocar em funcionamento a primeira etapa do programa federal de combate ao crack, Graebner anunciou a instalação de mais 19 câmeras nos municípios do interior e R$ 11 milhões em investimentos no setor de comunicação entre as polícias.
Com mais este anuncio, são 59 as câmeras do circuito que ainda não sairam do papel. Segundo a Eletrobras dos únicos, 08 pontos aprovados, 06 já foram instalados e as outras 02 estão programadas para execução nesta quinta-feira (16).
“Estamos aguardando a adequação das instalações dos demais pedidos (18 ligações) que tiveram reprovação. Assim que obtivermos a confirmação da regularização das instalações, as ligações serão executadas com a máxima urgência, de acordo com as normas e resoluções da ANEEL”, diz a nota da Eletrobras.
O crack no Acre
A agência de notícias do Acre – estatal do governo – chegou a anunciar em abril do ano passado, investimentos de R$ 12,5 milhões. A equipe técnica da Secretária de Saúde desfez rapidamente a informação através de sua assessora técnica, Marize Lucena, em entrevista à Aldeia FM [sistema público de comunicação] afirmando que existiam disponíveis R$ 2,5 milhões para a construção e reforma dos Centros de Atenção Psicossocial em Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Graebner no mesmo período falou de investimentos na ordem de R$ 5 milhões.
Enquanto a equipe de Sebastião Viana tropeça na notícia, em média dez pedidos de internação compulsória chegam semanalmente ao único Centro de Atenção Psicossocial (Caps ADIII), localizado no bairro Manoel Julião em Rio Branco. A informação foi revelada pelo enfermeiro Afonso Diniz Mesquita.
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