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Polícia Civil ainda não sabe por que as marmitas do HC estavam com tapurus

Quase dois meses após a denúncia de uma paciente do setor de nefrologia do Hospital das Clínicas do Acre, que teria encontrado larvas nas marmitas servidas na unidade, a Polícia Civil ainda não deu uma reposta para o caso.


O diretor da Polícia Civil, delegado Emilson Farias, disse nesta quarta-feira, que as investigações correm em sigilo e que não há um prazo determinado para fechar o inquérito.


“Uma vez iniciado, o inquérito não pára. Uma vez impulsionado ele não pára mais. Ele só pára se o Judiciário arquivar ou se o Ministério Público pedir o arquivamento. Ele não pode parar. O inquérito quem vai dizer isso (se foi crime). E o inquérito está em sigilo. Quando a Polícia instaura é que há indicio de fato criminoso. A imprensa noticiou que tinha um fato, que era um fato criminoso. Colocar ou ter um verme dentro duma comida pública é um fato que tem que ser investigado, porque em tese, em tese, tem um fato delituoso. Se colocaram, se não colocaram, é que a Polícia tem que apontar. Se a Polícia mandar um inquérito para o Judiciário sem dizer quem foi e como foi aí a Polícia não fez o trabalho dela”, disse Farias.


A denúncia de que marmitas teriam sido servidas com tapurus a pacientes do HC foi à tona após reportagens dos jornalistas Ray Melo, Altino Machado e Lenilda Cavalcante (leia  matéria aqui ), no dia 16 de novembro. Dois dias depois, o governo convocou uma coletiva, na Casa Civil, com a cúpula da Saúde e o delegado Emilson Farias, com a promessa de que os “verdadeiros culpados” seriam responsabilizados.


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O caso teve enorme repercussão não só na mídia, como no meio político. Os jornalistas foram chamados para depor na Delegacia de Combate ao Crime Organizado. Lenilda Cavalcante, a primeira a depor passou mal e teve um AVC enquanto esclarecia o fato.


Passada a repercussão, o governo que prometeu apontar os culpados até agora não deu uma reposta à sociedade.   


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