Contrariando um dos principais discursos de campanha da Frente Popular do Acre [a regularidade no pagamento do funcionalismo] o prefeito Jonas Dalles, recentemente filiado ao Pros, atrasou o pagamento do mês de dezembro. Mais de R$ 1 milhão deixou de circular na economia do município. Ainda não existe data certa para o pagamento.
Somente na educação, os débitos ultrapassam os R$ 650 mil, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do município. Ao todo são 288 servidores sem ver a cor do dinheiro neste início de ano. Por telefone, alguns deles informaram que o comércio deixou de vender fiado para o funcionalismo público. A situação é caótica. 180 servidores terceirizados estão na mesma situação.
“Ainda fomos obrigado a assinar documento recusando nossos direitos trabalhistas de final de ano”, disse um dos trabalhadores terceirizado.
Revoltados os educadores ameaçam procurar o Ministério Público na manhã desta sexta-feira (10). O presidente do SINTEAC, Jorge Holanda, disse que uma comissão vai cobrar o pagamento do prefeito uma vez que, “a folha veio atrasando, passando de 25 para 27, depois 30, e agora até esta data ninguém recebeu”, comentou Holanda.
INFERNO ASTRAL:
Se 2012 foi um ano de vitórias para o prefeito Jonas Dalles – “só vitória” é a música de seu telefone celular – 2013 se despediu com gasto amargo. A qualquer momento o chefe do executivo da cidade de Acrelândia será citado para responder sobre um relatório bombástico do Conselho Municipal de Educação que aponta entre outras inconsistências, suposto desvio de combustível, favorecimento na licitação de transportes e até nepotismo.
O Ministério Público pode entrar com ação de improbidade administrativa. Afundado em dívidas públicas, Jonas ainda responde a um processo por tortura e cárcere privado que corre em segredo de Justiça.
O OUTRO LADO:
Por telefone o prefeito Jonas Dalles informou que nesta sexta-feira vai pagar os professores da rede de educação e os servidores efetivos do município. Com relação à educação, Jonas disse que o aumento linear de 10% concedido ao setor foi prejudicial para a saúde financeira do executivo.
“Eu avisei no dia do acordo que teríamos problemas com o aumento. Os recursos do Fundeb não foram suficientes. Estamos pagando hoje com ajuda do FPM”, acrescentou o prefeito.