Apesar das sinalizações do Palácio Rio Branco em conceder ao PCdoB a candidatura do Senado em 2014, muitos líderes de partidos da FPA (Frente Popular do Acre) consultados por Ac24horas afirmam que este não será um fator a reduzir a rejeição a uma chapa petista puro-sangue na corrida pelo governo. Muitos partidos afirmam ser contra a ideia do vice de Sebastião Viana também ser do PT, e querem um debate maior em torno da questão.
No final de 2013, assessores do governador chegaram a comunicar que seu parceiro na chapa majoritária será o ex-presidente do PT, Leo Brito, ao mesmo tempo em que os petistas abririam mão da cadeira de senador tendo Anibal Diniz como candidato natural, para apoiar Perpétua Almeida (PCdoB).
Uma das legendas que menos aceita a dobradinha petista é o PEN, dono da maior bancada na Aleac (Assembleia Legislativa do Acre). Em outubro a legenda chegou a indicar seus deputados Élson Santiago (PEN) e Jamyl Asfury (PEN). Os “penistas” dizem que a divisão das candidaturas precisa ser respeitada, garantido o espaço de cada sigla dentro da Frente Popular.
O PEN é, até o momento, o único a apresentar nomes a Sebastião Viana, que tem dito em entrevistas que a escolha de seu vice passará diretamente por suas análises. Outro possível indicador do vice seria o PCdoB, mas pelo Senado os comunistas abriram mão da indicação. Mesmo com a resistência, dirigentes avaliam como remotas as possibilidades do novato PEN obter um espaço tão privilegiado.
Os “penistas” apostam sobretudo no nome de Élson Santiago, presidente da Aleac. Eles o veem como fator a pesar na escolha por ter uma significativa base política no Vale do Juruá, região com tradicional histórico de rejeição o PT, e onde a oposição pode ter como vice o prefeito Vagner Sales (PMDB) ou o deputado Henrique Afonso (PV). Para o PEN, Leo Brito sofre de representatividade no segundo maior colégio eleitoral do Acre, colocando em risco a reeleição de Sebastião.