Após receberem um recado em tom de ameaça por um membro da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os posseiros da Invasão do Porto Luiz, acampados há quase 20 dias na sede do Incra, decidiram não participar da reunião com parlamentares da Comissão de Legislação Agrária da Assembleia Legislativa (Aleac) e membros de entidades representativas, marcada para acontecer na manhã desta segunda-feira (6).
O encontro foi organizado pelo deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB), presidente da comissão da Aleac, que convidou representantes da Defensoria Pública, Terra Legal, Direitos Humanos, entre outros.
O parlamentar se mostrou decepcionado com a ausência dos principais interessados e surpreso com a atitude dos membros da CUT em “barrar” a ida dos posseiros para a reunião, onde se poderia achar caminhos legais para os conflitos que ocorrem no local da invasão.
“Se essa informação que recebi for verdadeira, é decepcionante, pois a intenção da reunião era buscar saídas para o drama que essas famílias tem vivido. Realmente não sei qual a intenção da CUT em barrar a vinda dos posseiros até a Aleac”, desabafou o parlamentar.
A reportagem de ac24horas entrou em contato com alguns posseiros que estão acampados na sede do Incra. Temendo novas represálias, eles pediram para não serem identificados, mas confirmaram que a presidente da CUT, Rosana Nascimento, mandou um representante para “alertar” os posseiros.
“Olha, a situação aqui não está fácil, estamos sofrendo bastante pressão principalmente da presidente da CUT. Hoje ela mandou um representante aqui para avisar que se fossemos a essa reunião a nossa situação ficaria ainda pior, não entendo o porque disso, mas de qualquer forma achamos melhor não irmos”, afirmaram.
Os posseiros disseram ainda que por ordem de Rosana Nascimento, outras dezenas de invasores foram levados para a área de conflito para invadir os lotes já ocupados e avisou que os sem terras acampados no Incra tem um prazo até o próximo sábado (11) para retornarem ao local da invasão, caso contrário perderão as terras invadidas.
“Estamos sendo obrigados pela CUT a descumprir uma determinação judicial sob pena de perdermos o que já construímos lá, além do perigo de sermos vítimas dos jagunços dos fazendeiros que estão armados e com ordens para atirar”, relataram os invasores.
No último sábado (4), a reportagem já havia conversado com os posseiros da invasão Porto Luiz, localizada as margens da BR-364, Km 100, município de Acrelândia, que afirmaram que estão sofrendo ameaças.
Os posseiros relataram que as ameaças começaram depois que denunciaram que a presidente da CUT,estaria induzindo as famílias a descumprirem a determinação judicial de reintegração de posse.
“Desde que denunciamos que a Rosana da CUT estava mandando que invadíssemos novamente as terras do Porto Luiz e descumpríssemos a ordem judicial estamos sofrendo represálias, depois que a matéria foi publicada no ac24horas ela veio aqui muito furiosa e disse que nos arrependeríamos. O que queremos é que o nosso direito a um pedaço de terra seja garantido e não entrar em conflito com a Justiça”, disse Maria das Dores Tavares de Souza, que foi uma das posseiras que recebeu ameaças por telefone e que já registrou uma queixa crime na Delegacia da 1ª Regional.
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