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Família de sargento assassinado suspeita de emboscada por causa de ciúmes

Por
Roberto Vaz

Principal testemunha que se envolveu na briga entre policial e um dos suspeitos do crime, diz que as balas que atingiram M. Machado são de sua própria pistola; família duvida de versão e a tem como suspeita



 A família do sargento da cavalaria da Policia Militar do Acre, M. Machado, assassinado nas primeiras horas deste domingo (5) no Bairro Tangará, suspeita de que o militar tenha sido vítima de uma emboscada. Um telefonema recebido por Machado após as 22h30 pode ajudar a revelar o mistério. No final da tarde deste domingo, Tainá Rodrigues, a jovem que se meteu na briga entre o militar e Diego Moraes Correia – um dos suspeitos do assassinado – esteve no velório. Ao revelar detalhes do episódio, Tainá foi interpelada por familiares e colocada sob suspeita.


“Estou falando a versão de seus vizinhos e se a polícia não descobrir, nós vamos através de uma investigação paralela, chegar ao autor do telefonema que chamou meu irmão para o local do crime”, disse um dos familiares.


Nervosa após a interpelação, mas demonstrando interesse em colaborar com as investigações, Tainá negou envolvimento amoroso com M. Machado e disse para o ac24horas que entrou na briga para ajudar. Ela disse que o sargento pediu o tempo todo por ajuda.


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“Me salva que isso é um assalto”, dizia o policial, segundo versão de Tainá.


Ela acrescentou que os dois acusados chegaram de bicicleta. “Eles vinham drogados, se não fosse o sargento seríamos nós as vitimas”, comentou mostrando para a fotografia que registra a reunião de amigos no local próximo do crime.


Outra revelação feita pela principal testemunha do caso é a de que os disparos que atingiram o sargento foram de sua própria pistola durante a luta travada com Diego. Outra versão afirma que o sargento disparou três vezes contra Diego e que outro comparsa, ainda não identificado é que atingiu M. Machado. Além disso, Tainá revelou demora para a chegada do SAMU.



“O sargento passou 25 minutos agonizando no chão. Vi quando ele deu o último suspiro”, falou Tainá.


A testemunha disse que é filha de um sargento da PM, conhecido como Viga. Ela chegou a ligar para um policial militar pedindo ajuda quando foi interpelada por familiares durante o velório de M. Machado. A ligação foi colocada no viva voz para os presentes ouvirem. O policial, de nome não identificado, elogiou a ação da jovem. Tainá disse que espera no final das investigações um pedido de desculpas da família, referindo-se a acusação de que ela tinha um caso com o sargento assassinado.


A INVESTIGAÇÃO


O comandante da Policia Militar do Acre, Cel. Anastácio, esteve no velório acompanhado do secretário de segurança pública, Renir Graebner. Em entrevista, Anastácio disse que as informações que chegam para a polícia são as mesmas anunciadas pela imprensa e que não existe nada de concreto.


“Perdemos um excelente profissional, isso é profundamente lamentável”, disse o comandante.


Anastácio garantiu que o caso será elucidado. O caso está sendo investigado como roubo. A arma do crime não foi localizada.


UM DOS ACUSADOS


Diego Moraes Correia, preso ainda na madrugada deste domingo, tem passagem pela polícia por tráfico de drogas, fato ocorrido no dia 18 de setembro de 2012.


O PENÚLTIMO TELEFONEMA


Supostamente o penúltimo telefonema recebido por M. Machado antes do crime foi do irmão, o professor Valcirley Machado. O policial fazia segurança para o Lojão dos Parafusos e estava na casa do proprietário.


“Falei com ele por volta das 22h30, ele estava trabalhando como sempre fazia nas horas de folga. Disse que estava bem”, revelou Valcirley.


O enterro do militar ocorrerá nesta segunda-feira. Até o final da tarde a família não tinha decidido sobre o horário. A mãe e a esposa de M. Machado receberam atendimento médico no início da noite. 


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Roberto Vaz

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